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ENERGIA POLÍTICA
Ativistas são presos
Construção de novas usinas divide governo
DA SUCURSAL DO RIO
A construção de novas usinas
nucleares no país dividiu ontem
integrantes do governo. O secretário-executivo do Ministério de
Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, disse que o ministério,
principal responsável pela política energética, não estuda a construção de mais unidades.
O único projeto que pode sair
do papel, diz ele, é a conclusão de
Angra 3. De acordo com o secretário, até o fim do ano será finalizado o estudo sobre a retomada
das obras da usina. A decisão final
será do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), que
reúne vários ministérios.
Já o secretário de Política de Informática e Tecnologia do Ministério de Ciência e Tecnologia,
Francelino Lamy de Miranda
Grando, afirmou que o ministério
defende o debate sobre a construção de usinas nucleares. Ressaltou, porém, que não há nenhuma
decisão sobre a construção de novas unidades. Segundo Grando, a
Angra 3 é um caso diferente, já
que seus equipamentos já foram
comprados e o governo perde dinheiro com a sua armazenagem.
Tolmasquim e Grando participaram ontem do 10º Congresso
Brasileiro de Energia, promovido
pela Coppe-UFRJ, no Rio.
A questão das usinas nucleares
foi motivo de protesto do Greenpeace. O diretor do grupo Marcelo Furtado interrompeu o seminário e começou a discutir com
um dos palestrantes, o secretário
de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer. Ele defendia a construção de novas usinas.
Às 6h, dez manifestantes da
ONG lacraram as portas da sede
da INB (Indústrias Nucleares do
Brasil), em Botafogo (zona sul) e
se acorrentaram a tambores estampados com o símbolo da radioatividade. Foram detidos pela
polícia e levados para a delegacia.
Todos foram autuados por dano
ao patrimônio público. Saíram
após pagar fiança de R$ 1.200.
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