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Comissão discutirá com a PF combate ao contrabando
DA AGÊNCIA FOLHA
O chefe do laboratório da
Cnen (Comissão Nacional de
Energia Nuclear) em Poços de
Caldas (MG), Antônio Luís
Quinelato, afirma que a comissão não possui um procedimento estabelecido para atuar
no combate ao contrabando de
minerais radioativos.
Quinelato afirma que a demanda da Cnen em atuar em
conjunto com a Polícia Federal
é nova. De acordo com ele, a diretoria do órgão discutirá como
será a participação da comissão, pois não está nas suas atribuições a fiscalização da mineração ilegal.
Quinelato diz que é insustentável a política de ir buscar no
Amapá a torianita toda vez em
que ocorrerem apreensões. Ele
afirma que as operações demandam a solicitação de avião
da FAB (Força Aérea Brasileira) e o envio de pessoal técnico
para o Estado.
Depósito no Amapá
O chefe do laboratório diz
que uma provável solução é a
construção de um depósito no
Amapá para receber a torianita,
mas o assunto ainda não foi discutido pelo órgão. Quando o
material atingisse grande
quantidade, a Cnen o levaria
para uma de suas unidades.
A Cnen também enfrenta resistência em Poços de Caldas
para receber o minério. A ida da
torianita do Amapá para a cidade foi alvo de protestos na Câmara Municipal da cidade e reportagens na imprensa local.
Sobre eventuais riscos à saúde humana decorrente da exposição à torianita, alegados
pelo Batalhão de Polícia Militar
Ambiental do Amapá, a Cnen
diz que o nível de radioatividade do minério na natureza é
baixo, mas passa do nível seguro quando acumulado em grandes quantidades sem o armazenamento adequado.
(PS e BC)
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