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Países propõem criação de grupo
alternativo a Davos e Porto Alegre
DO ENVIADO ESPECIAL A DAVOS
O "Processo de Helsinque", que
se propõe como ponte entre Davos e Porto Alegre, lançou ontem
a idéia de criação de um G20, grupo de 20 países, entre desenvolvidos e em desenvolvimento, para
tornar a globalização mais eqüitativa e mais democrática.
O "Processo de Helsinque" é
iniciativa dos governos da Tanzânia e da Finlândia, cuja capital
empresta o nome ao grupo, e
aproveitou o fórum de Davos para se apresentar à sociedade global. Principal proposta, o G20 seria "mecanismo efetivo de coordenação para a governança global", segundo a ministra finlandesa de Comércio e Desenvolvimento, Paula Lehtomaki, e o presidente tanzaniano, Benjamin Mkapa.
Marta Suplicy, a ex-prefeita de
São Paulo, é membro do grupo.
O próximo passo é reunião de
cúpula em setembro na capital finlandesa. Parece óbvio que o Brasil é candidato natural a participar
do grupo, até porque a proposta
de democratizar a governança
global é compartilhada pelo governo brasileiro desde o período
Fernando Henrique Cardoso.
O presidente Mkapa explica que
o grupo tem quatro alvos para
corrigir "a globalização desigual":
justiça econômica, regras comerciais justas, envolvimento da sociedade civil e reestruturação das
instituições financeiras internacionais. Não é diferente do que
propõe Porto Alegre.
O governo canadense também
está ativamente envolvido na tarefa de reunir líderes que não sejam apenas os do G8 (do qual,
aliás, o Canadá é parte), o que torna a proposta menos romântica.
"Se houver maior representatividade, por meio de um G20, em
vez de G8, o formato da agenda
global também mudará", acredita
Richard Samans, diretor-gerente
do Instituto Global para a Parceria e a Governança, do Fórum
Econômico Mundial.
(CR)
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