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OUTRO LADO
Programas devem sofrer reestruturação
Ministérios tentam compensar cortes
da Sucursal de Brasília
Apesar dos cortes nos programas sociais, os ministérios envolvidos afirmam que a população carente não será afetada.
Para compensar a falta de recursos, afirmam, o governo está reestruturando programas.
Também espera que Estados e
municípios aumentem os gastos na área social.
A Secretaria Nacional de Assistência Social foi uma das
mais atingidas pelo cortes. O
R$ 1,72 bilhão previsto na primeira versão do Orçamento ficou restrito a R$ 1,59 bilhão.
O corte ameaça o atendimento a crianças carentes em creches e a idosos em asilos e a reabilitação de deficientes físicos.
A secretária Wanda Engel
afirmou que a solução para
manter o atendimento será os
governos estaduais e municipais aumentarem sua participação no financiamento desses
programas.
Educação
Já o Ministério da Educação
está reestruturando programas
para garantir que as crianças
beneficiadas não sofram os
prejuízos do corte.
Para a secretária-executiva
do FNDE (Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação), Mônica Messemberg, o
corte de R$ 58,3 milhões (73%)
no programa de transporte escolar não prejudicará os alunos
carentes.
"Não é preciso comprar ônibus novos todos os anos. Os
municípios do (programa) Comunidade Solidária já foram
atendidos no ano passado",
disse.
Saúde do Escolar
Já o programa Saúde do Escolar -que perdeu 25% dos recursos da primeira versão do
Orçamento para 99 para a versão final- vai sofrer uma reestruturação.
"Vamos modificar a estrutura do programa. Em vez de
atender só os municípios do
Comunidade Solidária, vamos
atender todo o país. Só que não
vamos mais distribuir farmácias e kits de higiene", disse
Messemberg.
A nova estratégia a ser adotada no programa Saúde do Escolar será fazer convênios com
associações médicas para a realização de exames gratuitos nas
escolas.
O Ministério da Educação entraria apenas com o material
necessário aos exames e tratamento dos estudantes (óculos
ou material odontológico, por
exemplo).
"As associações médicas têm
se mostrado bastante dispostas
a colaborar. Na hora da crise,
precisamos reforçar parcerias", disse Messemberg.
O ministério também conta
com um aumento na contrapartida financeira de Estados e
municípios para manter o
atendimento.
Segundo o Ministério da
Educação, com a criação do
fundão (fundo de valorização
do magistério), o orçamento de
educação das prefeituras cresceu e elas têm condições agora
de assumir os custos de ações
que antes eram financiadas exclusivamente com recursos federais, como a construção de
escolas e compra de equipamentos.
(DF)
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