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Cesta básica é a 2ª
menor desde 1993
ABNOR GONDIM
da Sucursal de Brasília
O governo distribuiu neste mês a
segunda menor cesta básica para
famílias carentes desde a criação
do programa de distribuição de
alimentos, em 1993. O peso da cesta caiu de 22 kg para 20,3 kg.
Cada cesta básica distribuída pela Conab (Companhia Nacional de
Abastecimento) perdeu 2 kg de feijão e 3 kg de macarrão. Duas latas
de óleo de soja foram substituídas
por duas latas de sardinha.
O aumento do dólar em relação
ao real é apontado como a principal causa da retirada do macarrão
da mesa de 1,7 milhão famílias carentes atendidas pelo programa
Comunidade Solidária em 1.353
municípios pobres do país.
"A valorização do dólar elevou a
importação de trigo, e o governo
não irá contribuir para a elevação
dos preços", disse o presidente da
Conab, Eugênio Stefanello.
Segundo ele, a quantidade de feijão caiu de 5 kg para 2 kg por causa
da inflação verificada no produto
desde o início deste ano.
O governo começará a adquirir
em março produtos de agricultores familiares para manter e baratear o atendimento de todas as famílias carentes assistidas pelo Comunidade Solidária.
"A ordem do presidente Fernando Henrique Cardoso é manter o
atendimento sem exclusão de nenhuma família", disse o secretário-executivo do Comunidade Solidária, Milton Seligman.
Créditos suplementares serão
aprovados neste ano pelo governo
para compensar o corte de quase
50% no orçamento do Prodea,
programa de distribuição de cestas
básicas. O orçamento caiu de R$ 97
milhões para R$ 48,4 milhões.
O ministro Raul Jungmann (Política Fundiária) atribuiu o corte a
"burocratas" do governo, sem citar nomes.
O Prodea atende 97.115 famílias
de sem-terra.
Já a Sudene (Superintendência
do Desenvolvimento do Nordeste)
começou a suspender neste mês
cestas básicas distribuídas para
municípios de Minas Gerais e do
Espírito Santo atingidos pela seca.
Até abril, deverá ser suspenso o
atendimento no Nordeste.
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