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INVESTIGAÇÃO
Juiz teria ameaçado uma cliente
Advogado acusa presidente do TJ-DF
da Sucursal de Brasília
O presidente
do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal,
Asdrúbal Cruxen, foi acusado
ontem na CPI
do Judiciário de
ter ameaçado Miramar da Silveira
Rocha durante o processo de administração da herança deixada
por Washington Nominato para o
filho dela, chamado Luiz Gustavo.
A acusação foi feita pelo advogado Joaquim Thomaz Lopes, contratado por Miramar. Ela desconfiava que os administradores nomeados pela Justiça estavam dilapidando o patrimônio do menino,
na época com 3 anos.
Luiz Gustavo era o único herdeiro de Nominato, que morreu de infarto, aos 33 anos, em 1987. Seu patrimônio era estimado em US$ 30
milhões, mas Luiz Gustavo tem
hoje uma dívida de R$ 7 milhões.
Lopes afirmou que, quando entrou na sala de audiências acompanhando Miramar, ouviu do juiz
que não era "bem-vindo". Segundo Lopes, Cruxen teria dito que o
processaria por falta de ética se insistisse em participar da audiência
como advogado de Miramar.
O advogado teria dito que somente a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) poderia processá-lo.
Com isso, o juiz teria ameaçado retirar de Miramar a guarda do filho,
se Lopes seguisse no caso.
Lopes disse que, então, desistiu
de atuar na causa por temer prejudicar Miramar e Luiz Gustavo.
A CPI também ouviu o depoimento do contador Antônio Carlos Morais da Silva, que fazia a
contabilidade do Consórcio Itapemirim, a principal empresa de Nominato. Ele afirmou que o laudo
que embasou a venda de outras
empresas deixadas por Nominato
para supostamente quitar dívidas
do consórcio foi feito por uma empresa-fantasma.
A assessoria de Cruxen divulgou
que ele "até o momento não teve
acesso ao conteúdo de tais declarações, por isso se reserva para, tão
logo conheça, apresentar seus esclarecimentos à sociedade".
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