São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997.



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Tentativa de pacificar partido em nível nacional não tem efeito
Quércia quer Sarney como candidato do PMDB em 98

CARLOS EDUARDO ALVES
da Reportagem Local

Fracassou até agora a tentativa de pacificar o PMDB nacional. Em reunião ontem em São Paulo, presidentes de diretórios regionais do partido não entraram em acordo e o ex-governador paulista Orestes Quércia lançou a candidatura do senador José Sarney à Presidência em 98.
O pano de fundo do impasse é o lançamento ou não de uma candidatura presidencial própria. O presidente nacional da legenda, deputado Paes de Andrade (CE), é contra a coligação com FHC, assim como Quércia.
A ala governista do PMDB conseguiu convocar uma reunião do Conselho Político do partido, para aí tentar encurtar o mandato de Paes, prorrogado pelo próprio até outubro de 98.
Paes reagiu e ameaça convocar uma convenção nacional no dia 17 de agosto. A convenção é instância máxima da decisão e hoje tende a ficar com Paes.
No texto que convoca a convenção, Paes incluiu como ponto de pauta "assuntos de sua competência privativa", abrindo margem aí para que o PMDB se fixe em candidatura presidencial própria.
"A base está pela candidatura própria e contra a chapa de Fernando Henrique com o PFL", disse Paes. O ex-governador Quércia aproveitou a deixa e lançou Sarney contra FHC.
"É fundamental para o PMDB ter candidato em 98 e Sarney é uma excelente alternativa."
A ala governista da agremiação, representada ontem pelo deputado Moreira Franco (RJ), não concorda com a intenção de Paes de chamar uma convenção para definir seu mandato. "Isso é uma fuga da discussão sobre candidatura própria", disse.



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