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Tentativa de pacificar partido em nível nacional não tem efeito
Quércia quer Sarney como
candidato do PMDB em 98
CARLOS EDUARDO ALVES
da Reportagem Local
Fracassou até agora a tentativa
de pacificar o PMDB nacional.
Em reunião ontem em São Paulo, presidentes de diretórios regionais do partido não entraram
em acordo e o ex-governador
paulista Orestes Quércia lançou
a candidatura do senador José
Sarney à Presidência em 98.
O pano de fundo do impasse é
o lançamento ou não de uma
candidatura presidencial própria. O presidente nacional da
legenda, deputado Paes de Andrade (CE), é contra a coligação
com FHC, assim como Quércia.
A ala governista do PMDB
conseguiu convocar uma reunião do Conselho Político do
partido, para aí tentar encurtar
o mandato de Paes, prorrogado
pelo próprio até outubro de 98.
Paes reagiu e ameaça convocar
uma convenção nacional no dia
17 de agosto. A convenção é instância máxima da decisão e hoje
tende a ficar com Paes.
No texto que convoca a convenção, Paes incluiu como ponto de pauta "assuntos de sua
competência privativa", abrindo margem aí para que o PMDB
se fixe em candidatura presidencial própria.
"A base está pela candidatura
própria e contra a chapa de Fernando Henrique com o PFL",
disse Paes. O ex-governador
Quércia aproveitou a deixa e
lançou Sarney contra FHC.
"É fundamental para o PMDB
ter candidato em 98 e Sarney é
uma excelente alternativa."
A ala governista da agremiação, representada ontem pelo
deputado Moreira Franco (RJ),
não concorda com a intenção de
Paes de chamar uma convenção
para definir seu mandato. "Isso
é uma fuga da discussão sobre
candidatura própria", disse.
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