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Governador mantém esperança
em Florianópolis (SC)
O governador de Santa Catarina,
Paulo Afonso Vieira (PMDB), disse ontem que a decisão do PFL de
obrigar seus deputados estaduais a
votarem a favor de seu impeachment não significa que o governo
estadual não possa ser bem-sucedido na votação de segunda-feira.
Ele afirmou que o voto, nesse caso, não pode ser vinculado a uma
posição anterior.
Na opinião de Paulo Afonso, como a decisão do impeachment será em nível de "julgamento",
transformando o deputado em
uma "espécie de magistrado", o
voto não pode ser "jungido".
O verbo "jungir" significa ligar
por jugo, unir ou atar, de acordo
com o dicionário "Aurélio".
O governador disse que os juízes,
nos tribunais, "agem na plenitude", sem estar vinculados a nenhuma decisão.
"Não posso imaginar que alguém vá para uma decisão em que
deve atuar como magistrado tendo
de obedecer a um tipo de orientação partidária ou de algum órgão
estranho ao próprio parlamento",
declarou o governador.
Ele afirmou ainda que espera ter
mais que os 14 votos necessários
para barrar o impeachment na
próxima segunda-feira.
É quando a Assembléia decide se
afasta o governador por 180 dias a
fim de processá-lo e, se for considerado culpado, afastado definitivamente de seu cargo devido à
emissão irregular de títulos públicos. Seu partido, o PMDB, possui
11 deputados estaduais.
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