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OUTRO LADO
Irmão de EJ diz achar decisão "estranhíssima"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Fernando Jorge Caldas Pereira recebeu com surpresa a
notícia de que seu sigilo bancário fora quebrado por decisão judicial. "Estou achando isso estranhíssimo, porque eu não fui citado", disse
à Folha. Além de irmão, ele é
sócio de Eduardo Jorge na
empresa EJP Consultores
Associados S/C Ltda.
"É um absurdo quebrar o
sigilo de advogados quando
você vive no Estado de Direito", disse sobre a quebra de
sigilo, que atingirá outros
dois irmãos, Ruy e Marcos
Jorge, que são advogados:
"Não sou advogado, mas
também não sou ignorante.
É incrível que uma informação sigilosa chegue à imprensa antes de o acusado,
como eu, ser informado".
A Folha tentou contatar
Ruy Jorge Caldas Pereira e
Marcos Jorge Caldas Pereira
por meio de Fernando Pereira. Até o fechamento desta
edição, não houve resposta.
Humberto Haidamus, ex-diretor da Dataprev, disse
que não vê razão para seu sigilo bancário ser quebrado.
"Quando fui diretor da Dataprev, Eduardo Jorge era
assessor de um senador da
oposição. Meu filho é padrinho de um filho do EJ e se casou com uma sobrinha do
EJ, há 10 anos." Ele diz que
não vê problemas em relação à quebra de seu sigilo e
afirma que não vai recorrer.
Cláudio Albuquerque Haidamus disse que se sente
violentado pela decisão:
"Não temo em nada, absolutamente nada, porque tenho
minha vida correta. Mas
acho uma violência porque
tenho absoluta certeza que
não há um fato certo que dê
sustentação a essa decisão.
Para quebrar um sigilo, tem
que ter um fato certo".
Ele disse que vai ler a decisão antes de decidir se apresenta recurso contra ela. "Se
não encontrar razão, é questão de honra", disse o empresário, que se recusa a falar em nome da Metaplan
Consultoria e Planejamento
Ltda, da Metacor Administração e Corretagem de Seguros Ltda e do Grupo Meta
Participações Ltda, por ser
sócio minoritário.
Ivan Carlos Machado Aragão, sócio majoritário das
empresas, não foi localizado.
Ele não estava em suas empresas e não autoriza o serviço de auxílio à lista a divulgar seus telefones.
Eduardo São Clemente
D'Azevedo Neto não foi
achado em sua residência. A
Folha tentou entrar em contato com os demais atingidos pela decisão judicial,
mas não pôde localizá-los.
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