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"Ele vive do que não tem", diz senador
da Reportagem Local
"Ciro Gomes é o próprio galinheiro. Ele é a galinha inservível da
política nacional." Assim o senador Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA) reagiu à afirmação de
Ciro de que o senador é "sujo que
só pau de galinheiro".
Para o senador, "Ciro tem que
explicar como vive". "Eu vivo do
meu dinheiro. Ele vive do que não
tem. É o dinheiro invisível. Ele que
se explique. Há seis anos ele apresentou uma declaração de renda
em que tinha um Volks e uma pensão de R$ 2.000,00. É com isso que
sustenta viagens pelo Brasil e hospedagem em hotéis caros?"
O senador disse que nunca teve
ligação com Ângelo Calmon de Sá,
ex-dono do Banco Econômico. Em
1995, documentos de uma pasta
rosa encontrada nos cofres do Econômico, sob intervenção do Banco
Central, registravam que Calmon
de Sá havia contribuído ilegalmente para campanhas eleitorais de
ACM. "Processei o senhor Ângelo
Calmon, que disse na Justiça que o
banco nunca me deu apoio ou proteção", disse.
Sobre a sociedade com Calmon
de Sá num banco nas ilhas Cayman, ACM disse que, como era
acionista do Econômico, teve direito de subscrever ações de um
banco no exterior que pertencia ao
próprio Econômico.
O senador afirmou que não indicou Lafaiete Coutinho para a presidência do Banco do Brasil no governo Fernando Collor de Mello.
"Não tenho qualquer responsabilidade e nunca fui ao BB pedir
nada a ele. Ao contrário do Ciro. O
próprio Lafaiete Coutinho me disse que ele ia lá no BB fazer pedidos." Sobre Jorge Lins Freire, que
foi secretário da Fazenda da Bahia,
diretor do Banco Econômico e depois presidente do Banco do Nordeste, o senador disse que "ele foi
indicado como um quadro competente. O próprio Ciro fazia os
maiores elogios a ele na época".
O senador disse que apoiou Collor até o fim do governo por um
gesto de lealdade. "Ao contrário de
muitos, que retiraram o apoio nos
últimos cinco dias do governo".
ACM lembrou que "o PSDB quase apoiou o Collor, com o voto favorável do Ciro Gomes". "Lembro
muito bem. O partido se reuniu e
houve um empate, de oito a oito,
com o voto do Ciro a favor do Collor. Só não apoiaram porque o
Mário Covas impediu."
ACM afirmou que se "enganou"
a respeito de Ciro. "É inacreditável
a coragem desse rapaz, que vivia o
tempo todo me procurando no Senado para falar de política e sempre me fez os maiores elogios. Vai
descobrir meus defeitos agora?"
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