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Brasil fecha acordo de redução
de tarifas com países andinos
da enviada especial ao Rio
O Brasil fechou acordo com os
países andinos que permitirá a circulação de 3.000 produtos com
preferências comerciais fixas, ou
seja, com tarifas de importação reduzidas. A discussão gerou resistência da Argentina.
O acordo foi finalizado na madrugada de anteontem em Brasília,
depois de três meses de negociações. Deverá ser registrado na Aladi (Associação Latino-americana
de Desenvolvimento e Integração)
na próxima semana e implementado dentro de dois meses.
Até lá, o Brasil e os andinos
-Colômbia, Equador, Peru e Venezuela- deverão manter o atual
regime de preferências, cuja vigência será prorrogada no dia 30.
Segundo o ministro José Antônio
Marcondes de Carvalho, diretor-geral do Departamento de Integração do Itamaraty, o acordo deverá
assegurar maior abertura do mercado andino aos produtos brasileiros e ajustar as preferências que o
Brasil concedia aos vizinhos.
De fato, como os andinos mantêm acordo de livre comércio com
o México, os produtos brasileiros
acabavam preteridos por causa da
tarifa de importação maior que a
cobrada dos mexicanos.
No ano passado, o Brasil exportou US$ 1,746 bilhão para os países
andinos -Colômbia, Equador,
Peru e Venezuela- e importou
US$ 1,128 bilhão desses mercados.
O acordo permitirá, por exemplo, maior acesso de têxteis, eletroeletrônicos, químicos e agropecuários brasileiros ao mercado andino. A redução das tarifas vai variar de 10% a 100%, como é o caso
dos brinquedos.
A negociação somente foi possível depois que o Brasil decidiu se
distanciar dos seus três sócios do
Mercosul, em abril deste ano, e discutir separadamente as preferências com os andinos. A posição
brasileira gerou reação imediata
do governo argentino.
(DENISE CHRISPIM MARIN)
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