São Paulo, Segunda-feira, 28 de Junho de 1999
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Brasil fecha acordo de redução de tarifas com países andinos

da enviada especial ao Rio

O Brasil fechou acordo com os países andinos que permitirá a circulação de 3.000 produtos com preferências comerciais fixas, ou seja, com tarifas de importação reduzidas. A discussão gerou resistência da Argentina.
O acordo foi finalizado na madrugada de anteontem em Brasília, depois de três meses de negociações. Deverá ser registrado na Aladi (Associação Latino-americana de Desenvolvimento e Integração) na próxima semana e implementado dentro de dois meses.
Até lá, o Brasil e os andinos -Colômbia, Equador, Peru e Venezuela- deverão manter o atual regime de preferências, cuja vigência será prorrogada no dia 30.
Segundo o ministro José Antônio Marcondes de Carvalho, diretor-geral do Departamento de Integração do Itamaraty, o acordo deverá assegurar maior abertura do mercado andino aos produtos brasileiros e ajustar as preferências que o Brasil concedia aos vizinhos.
De fato, como os andinos mantêm acordo de livre comércio com o México, os produtos brasileiros acabavam preteridos por causa da tarifa de importação maior que a cobrada dos mexicanos.
No ano passado, o Brasil exportou US$ 1,746 bilhão para os países andinos -Colômbia, Equador, Peru e Venezuela- e importou US$ 1,128 bilhão desses mercados.
O acordo permitirá, por exemplo, maior acesso de têxteis, eletroeletrônicos, químicos e agropecuários brasileiros ao mercado andino. A redução das tarifas vai variar de 10% a 100%, como é o caso dos brinquedos.
A negociação somente foi possível depois que o Brasil decidiu se distanciar dos seus três sócios do Mercosul, em abril deste ano, e discutir separadamente as preferências com os andinos. A posição brasileira gerou reação imediata do governo argentino.
(DENISE CHRISPIM MARIN)


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