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FORTALEZA
Avanço de pefelista evidencia racha entre tucanos no Ceará
Candidatura de Moroni expõe PSDB
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
O crescimento do candidato à
Prefeitura de Fortaleza Moroni
Torgan (PFL) na pesquisa Datafolha feita anteontem expõe a divisão existente no PSDB cearense.
Ele está com 19%, tecnicamente
empatado em segundo com Inácio Arruda (PC do B, 22%) e Patrícia Gomes (PPS, 18%). A margem
de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
O padrinho de Moroni é o senador Sérgio Machado, que, apesar
de ser tucano como Tasso Jereissati, não fala com o governador há
algum tempo. "O Sérgio é dissidente desde a primeira eleição do
Ciro, em 1990", afirmou Tasso.
Líder do governo no Senado e
autor do projeto de lei que cria a
fidelidade partidária, Sérgio foi
desde o começo contrário à aliança do PSDB com o PPS de Ciro
para apoiar Patrícia Gomes.
Em seguida, fez a indicação da
equipe que cuidaria da campanha
de Moroni, comandada pelo publicitário Erivelton de Souza, de
quem é amigo. "O Sérgio divide o
PSDB, faz tudo para ser contrário", disse o atual secretário de governo, Assis Machado.
O motivo que teria afastado o
senador do governador -Sérgio
chegou a ser secretário estadual
durante o primeiro mandato de
Tasso- foi político. Sérgio queria
apoio para lançar sua candidatura
ao governo do Estado, e Tasso
não concordou. Na eleição de
1998, romperam definitivamente.
O deputado federal Moroni
Torgan também é um dissidente.
Nascido no Rio Grande do Sul, foi
levado para o Ceará pelas mãos de
Tasso, que entregou a ele a segurança do Estado e o cargo de vice.
A falta de expressão política de
Moroni em Fortaleza fez com que
seus adversários não o atacassem
em nenhum momento ao longo
da campanha. A troca de acusações ocorreu o tempo todo entre
Patrícia, Inácio e o prefeito Juraci
Magalhães (PMDB), líder isolado
com 33% das intenções de voto.
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