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OUTRO LADO
Juiz não comenta apelação feita pelo Ministério Público
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz federal Casem Mazloum não quis comentar os
principais pontos da apelação
do Ministério Público Federal.
"Não é hábito o juiz ficar comentando as razões de apelação da parte, uma vez que deu a
sentença. Ficaria parecendo
que há interesse pessoal", disse.
"Não tenho interesse pessoal
nenhum, e ainda há três graus
de jurisdição [para recursos]".
"O juiz, como ser humano, não
é infalível", disse Mazloum.
Ao explicar, anteriormente,
sua sentença, Mazloum havia
dito que o MPF não conseguira
provar que Luiz Estevão cometeu corrupção ativa.
"Somente a certeza segura e
incontestável de que [Estevão]
era sócio [da Incal] poderia, em
princípio, conduzir ao início da
convicção das condutas que lhe
são atribuídas", disse.
"Reconheço que Nicolau recebeu dinheiro da Incal, a título
de tráfico de influência. Mas,
para condenar por corrupção
passiva, é preciso provar que
houve um ato em troca de uma
vantagem", disse, em julho.
Mazloum recorrera a uma faculdade prevista no Código de
Processo Penal e corrigira a denúncia por entender que havia
"excessiva atribuição de tipos
penais". Deu aos fatos definição jurídica diferente e decidiu
que os acusados estavam incursos em outros crimes.
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