da Sucursal de Brasília

Provocado pelo ministro Pedro Malan (Fazenda), o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Jayme Chemello, insistiu ontem nas críticas à condução do combate à pobreza. O ministro escreveu ao presidente da CNBB surpreso com o registro de desentendimentos ocorridos na véspera, no debate com entidades da sociedade civil.
""Eventuais diferenças de ponto de vista explicitadas nos debates que se seguiram à minha exposição fazem parte da prática democrática", escreveu Malan.
""Existiram, sim, diferenças de ponto de vista nos debates que se seguiram à exposição de V. Excelência. Evidentemente, os bispos e os vários setores pastorais da nossa Conferência se colocam sempre numa perspectiva ética e pastoral e levam muito a sério a vida real do povo", respondeu d. Jayme, também por carta.
Ao defender que o combate à pobreza é trabalho para gerações e sugerir que os insatisfeitos com a política econômica devem aguardar a próxima eleição presidencial, o ministro não conseguiu convencer a CNBB e as demais entidades a atenuarem críticas à condução da política social.
Malan deixou a CNBB com a recomendação de que rezasse o Pai Nosso com especial atenção ao trecho que diz ""o pão nosso de cada dia dá-nos hoje".


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