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IMPOSTOS
Comissão apresenta relatório
Arrecadação poderá
crescer R$ 6 bilhões
da Sucursal de Brasília
A proposta de reforma tributária em discussão na Câmara estima um aumento de arrecadação
com a criação do IVA (Imposto
sobre Valor Agregado) de R$
143,9 bilhões anuais para R$ 150
bilhões. Nas simulações, a alíquota média é de 22% para mercadorias e serviços em geral.
Para chegar a esse montante, o
relator da reforma, deputado
Mussa Demes (PFL-PI), somou
1,3 ponto percentual na alíquota
do IVA (que substituirá oito tributos) para compensar a arrecadação da CPMF (imposto do cheque). Em 99, a arrecadação prevista da CPMF é R$ 7,9 bilhões.
"Eu trabalho com uma margem
de segurança, por causa do período de transição. Eu posso diminuir a alíquota", disse o relator,
que entregou a proposta ontem
na comissão especial. A reunião
da comissão teve a presença de líderes e do presidente da Câmara,
Michel Temer (PMDB-SP).
O relator não aceitou a sugestão
do governo federal de manter o
imposto do cheque como um tributo permanente. A tendência é
que na votação do projeto o imposto seja concluído.
Segundo o vice-presidente da
comissão, Antonio Kandir
(PSDB-SP), o aumento de arrecadação não significa a ampliação
da carga tributária individual.
"Haverá aumento na base de
tributação, com simplificação do
sistema e combate à sonegação",
afirmou o deputado.
As alíquotas do IVA terão cinco
faixas, de acordo com o grupo:
ampliada ou superior (supérfluos), padrão (mercadorias em
geral), reduzida (serviços), especial (alimentos da cesta básica) e
seletiva (carros, fumo, bebidas,
energia elétrica e comunicações).
Nos primeiros sete anos de implantação do novo sistema, a alíquota padrão estadual não poderá ser inferior a 15%. As demais
serão proporcionais a ela. A alíquota superior será 40% maior
que a padrão; a reduzida, 40%
menor, e a especial, no máximo,
30% da padrão. A seletiva terá de
ser maior que a ampliada.
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