DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Duas equipes da Polícia Federal vasculharam na manhã de ontem o apartamento utilizado por Carla Cicco, presidente da Brasil Telecom, em Brasília. Os agentes ficaram durante quatro horas no imóvel, localizado em um bairro de classe média da cidade, mas levaram apenas o disco rígido de um computador pessoal.
O grupo chegou ao apartamento por volta das 8h e só deixou o local depois das 12h. Durante todo o tempo, os policiais foram acompanhados por advogados da Brasil Telecom. Cicco não estava em casa. A porta foi aberta por uma empregada.
O gabinete do computador, onde fica o disco rígido, foi levado no início da tarde para o Departamento de Inteligência Policial, na sede da PF, para análise. A perícia só será feita após o exame preliminar dos dados contidos no equipamento. O objetivo da PF é encontrar e-mails e documentos ligando Cicco à Kroll Associates.

Ribeirão
Numa operação discreta, quatro policiais federais fizeram ontem a apreensão de documentos na casa de Alcindo Ferreira, em Ribeirão Preto. A Folha apurou que Ferreira presta serviços para a Kroll
Os policiais entraram no prédio Atlântico Sulva, no centro da cidade, por volta das 9h -cada apartamento no edifício está avaliado em cerca de R$ 250 mil.
Segundo a Folha apurou, Ferreira não estava no local no momento da operação. A busca e apreensão, que durou cerca de três horas, foi acompanhada pela mulher e por um filho dele.
Os policiais que participaram da operação, que não quiseram se identificar, afirmaram que a operação em Ribeirão irá continuar, inclusive com a possibilidade de serem realizadas novas buscas e apreensões.
Entre papéis obtidos pela PF neste ano, está uma mensagem enviada no dia 6 de maio passado por Carla Cicco ao diretor do escritório da Kroll em Londres, Charles Carr, que mencionava Ribeirão como um dos pontos a serem investigados.