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Operação recolhe seis
malotes em Curitiba
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM CURITIBA
A Operação Chacal em Curitiba
levou dez policiais federais ao escritório da Kroll na cidade. Eles
apreenderam, segundo o delegado Evaristo Kuceki, seis malotes
de documentos, além das CPUs
(os processadores centrais) e dos
arquivos de memória dos computadores utilizados pela empresa.
O conteúdo do material apreendido no Paraná ainda não foi analisado pela Polícia Federal. Ele foi
encaminhado para Brasília, onde
será periciado.
No escritório -que funciona
na cidade há pouco mais de um
ano- trabalhavam apenas três
pessoas: um advogado, um atendente e uma estagiária. Eles não
foram identificados e acompanharam a operação dos policiais.
De acordo com o delegado, não
foi encontrada no local uma lista
de colaboradores eventuais que
poderiam atuar como espiões da
empresa no Estado.
Escuta
O delegado Kuceki disse ter feito uma busca superficial sobre os
documentos e o conteúdo dos
computadores. Ele declarou que
também não encontrou nenhum
documento indicando escuta telefônica clandestina, espionagem
ou investigação envolvendo corrupção, mas disse acreditar que
isso pode aparecer numa varredura nos discos rígidos e na memória que recolheu durante a
operação.
O delegado também estimou
em 50 o número de clientes na
carteira do escritório da Kroll de
Curitiba, a partir das listagens extraídos do computador e dos documentos recolhidos.
Kuceki, porém, não adiantou
nomes de quem contratou a Kroll
nem das empresas que foram por
ela investigadas. "Cumprimos
apenas um mandado de busca e
apreensão, a pedido da Justiça Federal de São Paulo. A análise caberá ao presidente do inquérito,
em Brasília", disse.
Todo o material apreendido em
Curitiba será despachado amanhã para Brasília. Ele será submetido a uma perícia pelo Instituto
Nacional de Criminalística na capital federal, segundo o delegado.
(MARI TORTATO)
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