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Programa de emergência tem obras atrasadas
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Há atraso nas obras de 20 das 38
termelétricas do programa emergencial (PPT) e em 9 das 23 de hidrelétricas em construção, segundo relatório da área técnica obtido
pela Folha. Do relatório constam
obras do programa de aumento
de oferta que devem ficar prontas
até 2004.
De acordo com o relatório, 11
atrasos nas termelétricas são considerados graves (superiores a
três meses) e, no caso das hidrelétricas, sete atrasos são graves.
Por causa dos atrasos, foram revistas tendências de quantidade
de energia que será acrescentada
ao sistema até o final de 2004. No
caso das termelétricas, a meta era
acréscimo de 15.100 MW. Agora a
avaliação é que se consiga 12.669
MW. Para as hidrelétricas, a meta
era de 8.795 MW e a tendência, de
7.918 MW. A quantidade de energia que será acrescentada por ano
no sistema está dentro dos cálculos do ONS para previsão de risco
de falta de energia.
O ONS leva em consideração a
energia emergencial das usinas
termelétricas do seguro anti-racionamento. Segundo a Folha
apurou, o PT tentará anular os
contratos. Se isso for feito, os cálculos do ONS terão de ser refeitos.
Risco
Em reunião semana passada
com a equipe de transição, o ONS
passou para Dilma Rousseff os cenários possíveis para racionamento de energia. O órgão trabalha com a hipótese de crescimento do PIB em 2003 de 3,5% e de
4% até 2006. Quanto maior o crescimento econômico, maior o consumo de energia.
Os riscos, no entanto, são reduzidos. Há possibilidade, 6,1% de
chances, de faltar energia para
abastecer o Nordeste em 2003,
mas apenas 0,4% de chance de essa falta de energia ser superior a
5% da necessidade - ou seja, poderia ser resolvida com medidas
voluntárias de economia e não
com racionamento.
Para o Sudeste, há 0,7% de risco
de falta de energia ano que vem,
mas não há risco de que essa falta
seja superior a 5% da carga.
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