São Paulo, sábado, 28 de novembro de 2009

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Cemitério foi criado durante regime militar

DA REDAÇÃO

O Cemitério Dom Bosco, em Perus (zona norte) foi inaugurado em 1971, na primeira gestão de Paulo Maluf na Prefeitura de São Paulo, e logo se tornou um depósito de indigentes e de adversários da ditadura militar (1964-1985).
Fazia parte do projeto a construção de um crematório, item que foi abandonado em 1976. Muitas ossadas já exumadas foram enterradas naquele ano numa vala clandestina.
A partir de 1973 familiares de desaparecidos começaram a perceber que o cemitério recebia cadáveres de guerrilheiros, enterrados com nomes falsos.
Em 4 de setembro de 1990, na gestão da prefeita Luiza Erundina, foi achada a vala clandestina com 1.570 ossadas -das quais 1.049 eram de adultos. Foram enviadas à Unicamp, que identificou os militantes Dênis Antônio Casemiro e Frederico Eduardo Mayr (da vala clandestina) e Sônia Maria de Moraes Angel Jones, Antônio Carlos Bicalho Lana, Helber José Gomes Goulart e Emanuel Bezerra dos Santos (das covas regulares).
Em 1993 o trabalho parou e, em 1999, a Unicamp extinguiu o Departamento de Medicina Legal. Em 2000 as ossadas são então transferidas para a USP, que em 2005 identificou os guerrilheiros Flávio Carvalho Molina (do Molipo) e, em 2006, Luiz José da Cunha (da ALN).


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