São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 2000


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Governistas só apóiam investigações contra Pitta

da Reportagem Local

O discurso pró-investigação adotado por vereadores governistas só é usado quando as denúncias em questão envolvem o prefeito Celso Pitta. Quando surge o risco de os parlamentares serem investigados, o discurso muda.
A regra vale para o PMDB, PPB, PTB, PFL e PL. Nas bancadas, parlamentares defendem a investigação de Pitta, mas esvaziam o plenário para evitar que seja votada no Legislativo a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as denúncias feitas pela ex-primeira-dama Nicéa Pitta.
Ela acusa vereadores governistas de receberem propina para barrar no Legislativo investigações para apurar denúncias contra o prefeito. Por isso, os vereadores podem ser investigados em uma eventual CPI.
A estratégia de abandonar o plenário foi usada ontem para encerrar a sessão. Com apenas 27 vereadores em plenário, não houve quórum (28 vereadores) para uma proposta de CPI ser votada.
Sete dos vereadores presentes eram governistas: quatro do PL, dois do PPB e um do PMDB. Com o PTB, que não estava representado em plenário ontem, o governo teria 31 votos contra a CPI.
Essa quantidade é suficiente para arquivar na Câmara o pedido de CPI, que requer 28 votos. Apesar disso, os governistas temem que a decisão poderia prejudicar sua imagem entre os eleitores.


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