São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 2000


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Prefeituras da Bahia acham mínimo de R$ 180 inviável

LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

O presidente da UPB (União dos Municípios da Bahia), Emerson Leal, afirmou ontem que a maioria das prefeituras do Estado não terá condições de pagar um piso de R$ 180 aos seus servidores.
A entidade iniciou ontem um levantamento nas 415 prefeituras que representa para analisar o impacto do piso proposto pelo governador César Borges (PFL).
"Nós louvamos a decisão do governador e do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), mas precisamos pensar nas contas das prefeituras", disse Leal.
Prefeito de Livramento de Nossa Senhora, Leal, que também é do PFL, afirmou que vai pagar os R$ 180 para os 250 servidores municipais que recebem o mínimo.
"As grandes e médias cidades não terão dificuldades de bancar o aumento. O mesmo não acontece com as pequenas cidades", disse. O levantamento será encaminhado ao governo do Estado.
Borges disse ontem que as prefeituras podem arcar com o novo piso. "Se enxugarem gastos e não contratarem desnecessariamente, é claro que terão condições de pagar R$ 180 para os servidores que ganham salário mínimo."
O prefeito de Salvador (BA), Antonio Imbassahy (PFL), encaminhou ontem à Câmara Municipal projeto que eleva para R$ 180 o piso dos servidores municipais. Segundo ele, a medida vai beneficiar 5.901 dos 23 mil servidores.
O presidente da Federação do Comércio da Bahia, Nélson Dahia, disse que a categoria apóia o projeto do governo estadual que fixa o piso em R$ 180 no Estado. "Além de apoiar o projeto, nós queremos também que a medida seja estendida para todos os aposentados e pensionistas do Estado", acrescentou Dahia. Segundo ele, 70% das 240 mil empresas da Bahia pagam mais de R$ 180 por mês aos funcionários.


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