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Prefeituras da Bahia acham
mínimo de R$ 180 inviável
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
O presidente da UPB (União
dos Municípios da Bahia), Emerson Leal, afirmou ontem que a
maioria das prefeituras do Estado
não terá condições de pagar um
piso de R$ 180 aos seus servidores.
A entidade iniciou ontem um
levantamento nas 415 prefeituras
que representa para analisar o impacto do piso proposto pelo governador César Borges (PFL).
"Nós louvamos a decisão do governador e do senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA), mas
precisamos pensar nas contas das
prefeituras", disse Leal.
Prefeito de Livramento de Nossa Senhora, Leal, que também é
do PFL, afirmou que vai pagar os
R$ 180 para os 250 servidores municipais que recebem o mínimo.
"As grandes e médias cidades
não terão dificuldades de bancar
o aumento. O mesmo não acontece com as pequenas cidades", disse. O levantamento será encaminhado ao governo do Estado.
Borges disse ontem que as prefeituras podem arcar com o novo
piso. "Se enxugarem gastos e não
contratarem desnecessariamente,
é claro que terão condições de pagar R$ 180 para os servidores que
ganham salário mínimo."
O prefeito de Salvador (BA),
Antonio Imbassahy (PFL), encaminhou ontem à Câmara Municipal projeto que eleva para R$ 180
o piso dos servidores municipais.
Segundo ele, a medida vai beneficiar 5.901 dos 23 mil servidores.
O presidente da Federação do
Comércio da Bahia, Nélson Dahia, disse que a categoria apóia o
projeto do governo estadual que
fixa o piso em R$ 180 no Estado.
"Além de apoiar o projeto, nós
queremos também que a medida
seja estendida para todos os aposentados e pensionistas do Estado", acrescentou Dahia. Segundo
ele, 70% das 240 mil empresas da
Bahia pagam mais de R$ 180 por
mês aos funcionários.
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