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MATO GROSSO DO SUL
Há suspeita de que recursos teriam financiado campanhas
Denúncia de desvio pode reter FAT
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Paulo Jobim
Filho, disse ontem que pode reter
o envio de verbas do FAT (Fundo
de Amparo ao Trabalhador) para
o Mato Grosso do Sul. O motivo
são as denúncias do Ministério
Público Federal de que dinheiro
do fundo teria sido desviado. Há a
suspeita, ainda não comprovada,
de que parte da verba teria financiado campanhas políticas de vereadores do PT em Campo Grande na eleição de 2000.
Uma equipe do ministério chega na segunda-feira para auditar o
uso das verbas no Estado. Em
2000, foram repassados R$ 4,6
milhões para o governo de José
Orcírio dos Santos, o Zeca do PT.
O Estado repassa as verbas para
programas sociais. Segundo a
Procuradoria, há suspeitas de irregularidades no uso de R$ 220
mil repassados em 1999 e 2000.
A verba, segundo o procurador-chefe do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul, Blal
Yassine Dalloul, pode ter bancado
a campanha eleitoral de ""alguns
vereadores do PT". "Devido às
circunstâncias da denúncia, a distribuição da verba pode ter a participação de um secretário do governo do Estado", disse o procurador, sem, no entanto, revelar os
nomes dos suspeitos.
A Procuradoria deverá pedir a
quebra de sigilo fiscal e bancário
de duas empresas e três ONGs
que estariam envolvidas no desvio. A Polícia Federal também está investigando o caso em inquérito aberto anteontem.
As ONGs citadas no inquérito
são a Ibiss (Instituto Brasileiro de
Inovações Pró-Sanidade Saudável), a MNMMR (Movimento Nacional de Meninos e Meninas de
Rua) e a Cooperativa de Materiais
Básicos de Construção. Segundo
o procurador, as três ONGs receberam duas remessas de verbas
do FAT entre 1999 e 2000.
Em uma delas, o governo liberou R$ 506 mil, dos quais R$ 176
mil não tiveram prestação de contas. Em outra, foram R$ 150 mil,
com R$ 45 mil não justificados.
Duas empresas são denunciadas:
Informe Agência de Comunicação e a gráfica Fênix. Elas prestavam serviços às ONGs e teriam sido beneficiadas.
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