São Paulo, quinta-feira, 29 de março de 2001

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FÓRUM SOCIAL MUNDIAL

Participantes lançam comitê de apoio ao evento em SP

Organizadores vão discutir a Alca

DA REPORTAGEM LOCAL

Após toda a movimentação que marcou o 1º Fórum Social Mundial em janeiro, os participantes do encontro de Porto Alegre saem da obscuridade nesta semana para se organizarem em torno de um assunto: a Alca (Área de Livre Comércio das Américas, que deve começar em 2005).
É esse pelo menos o tema de debate na inauguração do comitê de apoio ao Fórum Social Mundial em São Paulo, organizado pela Attac (Ação pela Tributação das Transações Financeiras e Apoio aos Cidadãos).
O foco serão as movimentações em torno da reunião da Alca em Buenos Aires na primeira semana de abril. Os participantes, entre eles Bernard Cassen, diretor do jornal "Le Monde Diplomatique", levarão para Buenos Aires a idéia de um plebiscito para decidir todas as questões que envolvem a área de livre comércio.
"Buenos Aires será uma nova Seattle (nos EUA, onde cerca de 50 mil pessoas protestaram contra conferência da OMC)", disse o sociólogo Emir Sader.
O encontro aproveitará também para por em debate questões sobre 2º Fórum Social Mundial, que deve ser realizado em janeiro de 2002, e, como nos moldes do primeiro evento, nos mesmos dias do Fórum de Davos (Suíça).
Neste ano, os últimos dias do evento foram marcados pela discussão em torno do local onde se realizaria o segundo fórum.
As oito entidades que formam o fórum anti-Davos dividiram-se: Porto Alegre deveria abrigar ou não o encontro novamente?
Acabou prevalecendo a facção que defendeu a existência de uma única cidade, no caso Porto Alegre, por ser mais forte em um contraponto a Davos.
Além de mobilização para o próximo encontro e análise do documentos produzidos em janeiro, atualmente a secretaria do fórum foca suas atividades na divulgação de informações.
Entretanto, os quatro livros sobre os temas debatidos durante o encontro, que deveriam ser publicados, ainda não foram editados. Um vídeo que seria feito sobre o evento não será mais produzido.
Com a criação do comitê de apoio de São Paulo, serão seis comitês espalhados pelo país. No mundo, já foram criados mais de 20 comitês em países que vão desde Bangladesh e Camarões à Bélgica e Suíça.

Lançamento do comitê de apoio ao FSM em São Paulo, hoje, às 19h, na rua General Jardim, 660


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