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Projeto do Fome
Zero previa 5 mi
de assentados
GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O projeto Fome Zero exibido por Luiz Inácio Lula da
Silva durante a campanha
eleitoral previa o assentamento de 1 milhão de famílias, o equivalente, pelas contas feitas pelo PT, a 5,1 milhões de pessoas. A promessa, se cumprida, significaria
um recorde em termos de
reforma agrária no país.
Com 118 páginas, o Fome
Zero é o mais volumoso e
ambicioso dos 23 documentos que compõem o programa de governo petista. Os
diagnósticos e as metas do
projeto, porém, estão sendo
radicalmente revistos desde
o desfecho das eleições.
Em sua formulação original, o projeto colocava sua
previsão de assentamentos
entre as medidas destinadas
ao combate à fome, ao lado,
por exemplo, da ampliação
dos benefícios previdenciários -proposta também
descartada pelo governo.
O Fome Zero foi lançado
por Lula em outubro de
2001, antes da decisão do PT
de anunciar o compromisso
com os contratos do país e as
metas fiscais impostas pelo
acordo com o FMI (Fundo
Monetário Internacional).
Elaborado após a moderação do discurso petista, o documento-síntese do programa de Lula fala apenas em
"acelerar" a reforma agrária.
O governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)
declara ter assentado mais
de 600 mil famílias. Reportagem da Folha mostrou, no
entanto, que os números na
era FHC foram "inflados". O
Incra contabilizava como assentamentos terrenos vazios
e áreas sem casas ou infra-estrutura básica.
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