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Stedile será denunciado à Justiça por incitar violência contra fazendeiros
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O líder do MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra) João Pedro Stedile não
compareceu ontem a audiência
no fórum de Canguçu (RS) e, por
isso, deve ser denunciado até
amanhã pelo Ministério Público
gaúcho, sob a acusação de incitação ao crime. A denúncia (acusação formal) pede a abertura de
processo contra ele.
Na audiência a que Stedile faltou, o Ministério Público Estadual
tentaria um acordo de transação
penal com ele -o pagamento de
R$ 1.500 em troca do arquivamento da denúncia por incentivar
ações violentas contra ruralistas
numa palestra no ano passado.
"Essa é a disputa que tem na
nossa sociedade: 23 milhões contra 27 mil. [...] Dá mil trabalhadores rurais contra um [fazendeiro].
Então, o que está faltando? Está
faltando juntar os mil para cada
mil pegar um", ele disse na época.
"Tenho provas do fato e da autoria. Só não formalizo a denúncia hoje [ontem] em razão do acúmulo de trabalho", disse a promotora Camile Balzano.
O MST gaúcho diz que Stedile
não foi notificado. A Justiça diz tê-lo notificado em 9 de março.
Caso seja condenado, Stedile
poderá ser preso por três a seis
meses ou pagar multa com prestação de serviços à comunidade.
Mesmo com a abertura de processo, poderá ocorrer um acordo
que o suspenda. A Agência Folha
não conseguiu ontem localizar
Stedile.
(LÉO GERCHMANN)
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