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Depois de 30 h, sem-terra deixam os prédios, e Estado faz cadastramento
CRISTIANO MACHADO
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM PRESIDENTE PRUDENTE
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) desocupou ontem, após quase 30 horas, os pátios de cinco escritórios
da Fundação Itesp (Instituto de
Terras do Estado de São Paulo)
invadidos anteontem em cinco cidades do Pontal do Paranapanema (extremo oeste paulista).
As cerca de 1.200 pessoas que
participaram do protesto contra a
"lentidão" do governo paulista na
condução da reforma agrária começaram a desmontar as barracas no início da tarde de ontem.
Ontem também o Itesp anunciou a retomada do cadastramento de sem-terra na região, interrompido em 2003. De acordo com
o coordenador regional do órgão
no Pontal, Marco Tulio Vanalli, o
trabalho deve começar na próxima terça nos escritórios do órgão
e em acampamentos da região.
Apesar de o anúncio do cadastramento ter sido feito após a manifestação, Vanalli negou que a
iniciativa seja uma resposta às
pressões. "Não tem nada a ver
com isso. O cadastro já estava previsto, tanto é que o departamento
de informática começou a cuidar
do sistema de armazenamento de
dados há uma semana", disse.
Segundo ele, os 4.000 sem-terra
já cadastrados serão mantidos na
lista, que terá a consulta disponível pela internet. O MST informa
que há, hoje, 3.000 famílias vivendo em acampamentos no Pontal.
Em Alagoas, 250 famílias de
sem-terra ligados à CPT (Comissão Pastoral da Terra) bloquearam ontem a BR-101, próximo ao
município de Messias (AL), entre
Maceió e Recife, para cobrar do
Incra o envio de cestas básicas a
famílias acampadas. O bloqueio
começou às 7h30 e só foi encerrado às 16h15, quando as cestas básicas foram entregues.
Colaborou SÍLVIA FREIRE, Agência Folha
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