São Paulo, terça, 29 de abril de 1997.

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`Testemunhas mentiram'

e da Agência Folha

Depois de analisar os depoimentos das principais testemunhas sobre a morte de Paulo César Farias e Suzana Marcolino, o legista George Sanguinetti afirmou que quatro delas deveriam ser ouvidas novamente.
De acordo com ele, o deputado Augusto Farias (PPB-AL), irmão de PC, Zélia Maria Maciel, prima de Suzana, e os seguranças Flávio Almeida da Silva Júnior e Reinaldo da Silva Lima mentiram.
"O inquérito trata mais de encobrir do que de esclarecer, e os Farias não querem novas investigações, não querem esclarecer o caso", disse.
O legista afirmou que os seguranças foram cúmplices do crime e que Zélia caiu em contradição.
A família de PC evitou ontem fazer comentários sobre as declarações. O deputado não retornou as ligações da Agência Folha.
O delegado Cícero Torres, responsável pelo inquérito que apurou as mortes afirmou que mantém sua tese de crime passional.
``Ele continua com suposições. A investigação foi acompanhada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público federal e estadual.''
O juiz do caso, Alberto Correa, afirmou que em dois dias o laudo entregue ontem por Sanguinetti no Fórum de Maceió (AL) será remetido para a promotora Failde Mendonça, que pode pedir novas investigações.
A promotora disse que vai recorrer a um terceiro legista para decidir.
Segundo ela, as declarações de Sanguinetti sobre o inquérito ``não serão levadas em conta''.
Em nota à imprensa, o legista Fortunato Badan Palhares afirma que as afirmações de Sanguinetti "deixam entrever que se baseiam em suposições".
Disse que só se prenunciará sobre o parecer de Sanguinetti quando o documento, por via legal, chegar a suas mãos.

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