São Paulo, terça, 29 de abril de 1997.

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A VERSÃO DE CADA UM

O que diz o laudo de Badan Palhares

1. Suzana matou PC e se suicidou

2. Os tiros foram disparados por Suzana

3. Suzana se matou com tiro a curtíssima distância

4. Há sinais de pólvora na mãos da namorada de PC. A quantidade de resíduos é superior a um disparo, o que indica que ela deu mais de um tiro e reforça a tese de que ela matou o empresário

5. Não há lesões ou ferimentos nos corpos que indicassem luta

6. Suzana não apresentava ferimentos no pescoço

7. Manchas encontradas na testa da namorada de PC eram livores cadavéricos, típicos nos momentos posteriores à morte

8. PC morreu entre 5h e 7h

9. Morte de Suzana ocorreu logo em seguida da dele

10. Descartou presença de uma terceira pessoa no local do crime

11. Os dois morreram no quarto

12. Para uma terceira pessoa ter disparado contra Suzana, ela teria de não ter esboçado nenhuma reação

13. A cena do crime não foi arrumada

O que diz o parecer de Sanguinetti

1. PC Farias e Suzana foram assassinados

2. Os tiros foram disparados por uma terceira pessoa, um profissional

3. O disparo que matou Suzana foi dado a uma distância de 20 cm, o que desmonta a tese de suicídio. Segundo o legista, o mais comum é que suicidas encostem a arma no corpo na hora do disparo

4. Há sinais de pólvora nas palmas das mãos de Suzana. Se ela tivesse feito os disparos, os resíduos deveriam estar no dorso das mãos e na parte externa dos dedos

5. A namorada de PC apresentava um calombo na testa, manchas roxas nos braços e na perna esquerda, inchaço no olho direito e sangramento profundo no pescoço

6. Ela foi contida, com força, pela parte frontal do pescoço. Fotos e filmes de um osso (hióide) na região do pescoço indicam que ele sofreu pressão e foi quebrado

7. Livores cadavéricos não aparecem nas partes altas do corpo

8. O empresário foi morto por volta das 2h

9. Suzana foi morta pelo menos 3h depois de PC, entre 5h e 7h

10. Havia pelo menos mais duas pessoas no local do crime para ajudar na arrumação dos corpos. Análises de telefonemas dados por Suzana indicam passos e batidas na porta. A essa hora, PC já estava morto

11. PC não morreu no quarto. Indícios mostram que seu corpo foi arrastado até o local e depois arrumado na cama

12. Resíduos de pólvora indicam que Suzana espalmou as mãos na tentativa de se defender de seu agressor

13. Os corpos foram arrumados na cama. Ferimentos estavam limpos demais

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