São Paulo, segunda-feira, 29 de julho de 2002

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Rosinha reclama durante carreata no Rio

FREE-LANCE PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Num fim de semana marcado por mais um revés para a sua campanha -a renúncia da candidata Lídice da Mata (PSB) ao governo da Bahia-, o candidato à Presidência Anthony Garotinho (PSB) fez ontem uma carreata marcada pela irritação de sua mulher, Rosinha Matheus.
Ela participou com Garotinho do evento realizado à tarde em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Rosinha disputa o governo do Estado.
Logo no início da carreata, a candidata, em cima de um caminhão com o marido e outros apoiadores, gesticulou insistentemente e reclamou muito. À distância, pessoas tiveram impressão de que ela discutia com o marido.
Depois, Rosinha afirmou que queria apenas que o carro de som, à frente do que a transportava, passasse para trás. Disse que não se ""indispôs" com Garotinho.
Apesar do abandono de Lídice da Mata, após a desistência do candidato do PSB a governador de São Paulo, Jacó Bittar, Garotinho não demonstrou abatimento. ""Vou ganhar ainda no primeiro turno", disse o candidato, que está empatado em terceiro lugar ou isolado em quarto, conforme a pesquisa de intenção de voto.
Na concentração para a carreata, voluntárias venderam os bônus de R$ 1 para financiar a campanha presidencial. Em uma hora, 14 foram comprados. Segundo o candidato, durante os seis primeiros dias de arrecadação com o bônus, 150 mil foram vendidos só no Estado do Rio.
Garotinho afirmou que ontem pela manhã participou de uma reunião com aposentados. ""É um absurdo contribuir [para a Previdência" com três salários mínimos e ao se aposentar receber apenas um", disse o ex-governador fluminense.

São Paulo
Sábado à noite, em São Paulo, Garotinho visitou um templo da Assembléia de Deus, no Belenzinho (zona leste). Ele se disse vítima de preconceito religioso por parte da imprensa. "Sou crente, mas sou competente", afirmou.
Ele disse que não pretende ser presidente apenas dos evangélicos, mas de todos os brasileiros. "Sei separar muito bem a política da religião, como Jesus Cristo, que disse "a César o que é de César e a Deus o que é de Deus"."
"Estão dizendo que só um milagre salva a campanha do Garotinho; o azar deles é que eu acredito em milagres", disse o ex-governador fluminense, após pedir aos fiéis que orem por sua candidatura e que promovam "o milagre da multiplicação".
O candidato disse que o fato de não ter dinheiro para fazer sua campanha à Presidência seria prova de que ele não roubou.


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