São Paulo, segunda-feira, 29 de julho de 2002

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Governador acompanhou cerimônia de distribuição de 70% dos veículos

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), que é candidato à reeleição, participou pessoalmente das cerimônias de entrega de quase 70% dos carros de polícia em São Paulo neste ano.
Segundo dados da agenda oficial do governador levantados pela Folha, Alckmin entregou pessoalmente 1.416 dos 2.104 veículos que foram distribuídos pelo governo estadual no primeiro semestre de 2002.
O número de cerimônias de entrega de unidades com a presença do governador aumentou consideravelmente nos meses de maio e junho: Alckmin distribuiu 392 carros em maio e 817 em junho.
Entre janeiro e abril deste ano, ele entregou pessoalmente apenas 207 veículos.
Muitas vezes, um mesmo evento com a presença do governador foi aproveitado para entregar várias unidades para cidades diversas de uma só vez.
No dia 3 de junho, por exemplo, foram entregues 63 veículos para sete cidades.
Em 22 de maio, em visita a três cidades, Alckmin participou da entrega de 149 unidades para 76 municípios diferentes.
Durante uma cerimônia em Bauru, o governador distribuiu 63 veículos para a Polícia Militar e 14 carros para a Polícia Civil de 46 cidades.
Em seguida, foi a São José do Rio Preto, onde entregou 48 unidades para a PM e 13 à Polícia Civil de 21 cidades.
Logo após, foi a Fernandópolis, onde foram entregues mais 11 veículos, para nove municípios.

Restrições de campanha
De acordo com a legislação eleitoral, a partir do mês de julho, início da campanha oficial, integrantes do Poder Executivo ficaram proibidos de participar de inaugurações de obras públicas, mas a lei não proíbe especificamente a entrega de bens, como veículos para a polícia.
O artigo 73 da lei 9.504 veda a entrega de bens públicos pelos candidatos, desde que o ato caracterize promoção partidária.
Segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), no entanto, o poder público não pode deixar de cumprir suas funções por se tratar de um ano de eleição.
Portanto, as entregas que já foram programadas pelo governo devem ser cumpridas.
Mesmo assim, o candidato não deixa de estar sujeito a representações por parte dos adversários e até a sanções, caso realmente seja comprovada a obtenção de promoção pessoal.
(JULIA DUAILIBI E CLÁUDIA CROITOR)




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