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Governador acompanhou cerimônia de distribuição de 70% dos veículos
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador Geraldo Alckmin
(PSDB), que é candidato à reeleição, participou pessoalmente das
cerimônias de entrega de quase
70% dos carros de polícia em São
Paulo neste ano.
Segundo dados da agenda oficial do governador levantados pela Folha, Alckmin entregou pessoalmente 1.416 dos 2.104 veículos
que foram distribuídos pelo governo estadual no primeiro semestre de 2002.
O número de cerimônias de entrega de unidades com a presença
do governador aumentou consideravelmente nos meses de maio
e junho: Alckmin distribuiu 392
carros em maio e 817 em junho.
Entre janeiro e abril deste ano,
ele entregou pessoalmente apenas
207 veículos.
Muitas vezes, um mesmo evento com a presença do governador
foi aproveitado para entregar várias unidades para cidades diversas de uma só vez.
No dia 3 de junho, por exemplo,
foram entregues 63 veículos para
sete cidades.
Em 22 de maio, em visita a três
cidades, Alckmin participou da
entrega de 149 unidades para 76
municípios diferentes.
Durante uma cerimônia em
Bauru, o governador distribuiu 63
veículos para a Polícia Militar e 14
carros para a Polícia Civil de 46 cidades.
Em seguida, foi a São José do
Rio Preto, onde entregou 48 unidades para a PM e 13 à Polícia Civil de 21 cidades.
Logo após, foi a Fernandópolis,
onde foram entregues mais 11 veículos, para nove municípios.
Restrições de campanha
De acordo com a legislação eleitoral, a partir do mês de julho, início da campanha oficial, integrantes do Poder Executivo ficaram
proibidos de participar de inaugurações de obras públicas, mas a
lei não proíbe especificamente a
entrega de bens, como veículos
para a polícia.
O artigo 73 da lei 9.504 veda a
entrega de bens públicos pelos
candidatos, desde que o ato caracterize promoção partidária.
Segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), no entanto, o
poder público não pode deixar de
cumprir suas funções por se tratar
de um ano de eleição.
Portanto, as entregas que já foram programadas pelo governo
devem ser cumpridas.
Mesmo assim, o candidato não
deixa de estar sujeito a representações por parte dos adversários e
até a sanções, caso realmente seja
comprovada a obtenção de promoção pessoal.
(JULIA DUAILIBI E CLÁUDIA CROITOR)
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