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Relator espera muitos
destaques para subteto
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
DA ENVIADA ESPECIAL A FORTALEZA
O relator da reforma da Previdência, deputado federal José Pimentel (PT-CE), já espera a apresentação de destaques visando ao
aumento do subteto salarial de
75% para os integrantes do Judiciário e do Ministério Público nos
Estados para 90,25% do salário do
ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), percentual reivindicado pelas categorias.
"Existem declarações, tanto da
oposição quanto da bancada do
governo, de que vão destacar os
90,25%." Segundo ele, o impasse é
provocado por pessoas que "querem resolver questões salariais
com a reforma da Previdência".
O governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PSB), disse que não
vê "sentido em tratar o Ministério
Público da mesma maneira que o
Judiciário". Segundo ele, o texto
aprovado na comissão especial da
Câmara "reduz a zero tudo o que
foi pensado até agora": "Cristalizam-se e aumentam os privilégios. Esse texto não pode passar".
Lessa disse que a proposta de
equiparação do subteto do Ministério Público ao do Judiciário "inviabiliza o projeto de reforma".
"Pode ser até que o país suporte,
mas não os Estados pequenos e
pobres. E não é só o meu, não."
Para o governador da Paraíba,
Cássio Cunha Lima (PSDB), a reforma da Previdência só estará
definida na madrugada que antecede a votação, "quando os líderes se reúnem e acertar os destaques que serão votados".
Os líderes do governo e dos partidos aliados na Câmara se reúnem hoje para definir a estratégia
para a votação da reforma no plenário, prevista para a semana que
vem, além de mapear até onde
pode ir a anuência do governo em
relação a possíveis modificações
do relatório aprovado na semana
passada na comissão.
As discussões giram em torno
de três pontos: o subteto salarial
do Judiciário nos Estados, as pensões e a idade mínima de aposentadoria. "Essas são as questões
mais discutidas, mas todas estão
bem encaminhadas no relatório.
Qualquer mudança depende dos
governadores e do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva", disse o
deputado Professor Luizinho
(PT-SP), vice-líder do governo.
Apesar disso, muitos deputados
da base aliada defendem e trabalham por mudanças. Exemplos: o
PL engrossa o coro do Judiciário
pelo aumento do subteto e o PTB
defende mudança nas pensões.
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