DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeita Marta Suplicy (PT) transformou a sanção de uma lei de isenção do IPTU em um evento para 700 pessoas no Teatro Municipal. Havia representantes de sete religiões, inclusive evangélicos, um dos principais alvos dos que disputam a eleição neste ano.
A lei sancionada por Marta apenas desburocratiza a isenção de IPTU (Imposto Predial Territorial e Urbano) a templos religiosos, já prevista na Constituição. Agora, não será mais necessário renovar todo ano o pedido de isenção. Além disso, a lei amplia a isenção para locais do mesmo terreno do templo que não sejam utilizados para atividades comerciais.
Entre os religiosos presentes, estavam a monja Coen Sensei, o rabino Henry Sobel, o xeque Ali M. Abudne e dom Benedito Beni dos Santos. Todos os religiosos falaram no ato, que contou com secretários e de vereadores.
A representante das religiões afro-brasileiras, mãe Silvia, citou todos os principais programas que Marta usa em sua campanha, do bilhete único aos CEUs (Centros Educacionais Unificados), e pediu a reeleição da prefeita.
Questionada se fazer um evento desse porte tão perto das eleições não configurava campanha, a prefeita não respondeu. Sua assessoria informou que não é a primeira vez que Marta utiliza o Municipal para atos desse tipo.
Apesar dos elogios da maioria dos religiosos presentes à nova lei, houve quem criticasse Marta. O pastor Álvaro Maceió Filho, do ministério de Madureira, ramo da Assembléia de Deus, disse que o objetivo da nova regra é atrair o voto evangélico. Esse grupo da Assembléia de Deus está mais próximo de José Serra (PSDB).


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