São Paulo, quinta-feira, 29 de julho de 2004

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BARREIRA RELIGIOSA

Judeu ortodoxo não tem hábito de tocar mulheres

Rabino não retribui saudação de petista

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes da cerimônia na qual sancionou uma lei de isenção do IPTU, no Teatro Municipal, a prefeita Marta Suplicy passou por um constrangimento. Ao estender a mão ao rabino ortodoxo Yossi, o religioso não correspondeu ao cumprimento.
Judeus ortodoxos têm o hábito de evitar contato físico com mulheres, pois consideram que elas ficam "impuras" quando estão menstruadas, porque perdem um óvulo, que, na concepção religiosa, é uma vida em potencial. Como não perguntam se a mulher está ou não, preferem não tocá-las.
O rabino Henry Sobel, que assistia à cena, tentou contornar a situação e falou: "Não se preocupe Marta, o rabino Sobel vai dar as duas mãos para você". Segundo Sobel, presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, não há conotação política na atitude do rabino Yossi. Sobel é eleitor de José Serra (PSDB), mas diz que a comunidade judaica é pluralista e que isso não significa apoio do grupo ao tucano.


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