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Tucano ainda não vai polarizar com petista
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A campanha do presidenciável
José Serra (PSDB) manterá a estratégia de ataques a Ciro Gomes
(PPS) e não polarizará por ora
com o líder das pesquisas, Luiz
Inácio Lula da Silva (PT). O motivo é a avaliação do comando da
campanha de que a queda de Ciro
ainda não encontra correspondência no crescimento do tucano.
A queda de Ciro é maior do que
a ascensão de Serra, e os votos
perdidos pelo candidato do PPS
não foram todos para o tucano,
conclui a avaliação. Boa parte foi
para Lula, entre os eleitores com
ensino médio, e para Anthony
Garotinho (PSB), sobretudo nas
periferias das grandes cidades.
Segundo pesquisas internas na
campanha, se mantiver a trajetória atual, Serra poderá passar à
frente de Ciro mais adiante, embora só tenha reduzido a distância
entre eles. Por isso, por enquanto,
o problema tucano se chama Ciro. Lula ficará para uma segunda
etapa, caso Serra consolide uma
tendência de crescimento.
Ministério
Exemplo do comportamento
em relação ao PT: apesar de Lula
ter criticado o desempenho do
governo na área da saúde, o tucano deve deixar a resposta para o
Ministério da Saúde.
O próprio Serra definiu a linha
de ataque. A idéia é desqualificar
Ciro e tentar ao mesmo tempo
qualificar o tucano por meio de
seu programa de governo.
FHC será mantido na programação. Até saírem os resultados
das pesquisas feitas uma semana
após o início do horário eleitoral,
havia dúvidas sobre a eficácia da
presença dele. Paralelamente,
Serra tentará reagrupar apoios
que se tornavam hesitantes, especialmente no PMDB de Rio e São
Paulo e no PFL do Nordeste.
(MARTA SALOMON e RAYMUNDO COSTA)
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