São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 2002

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Tucano ainda não vai polarizar com petista

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A campanha do presidenciável José Serra (PSDB) manterá a estratégia de ataques a Ciro Gomes (PPS) e não polarizará por ora com o líder das pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O motivo é a avaliação do comando da campanha de que a queda de Ciro ainda não encontra correspondência no crescimento do tucano.
A queda de Ciro é maior do que a ascensão de Serra, e os votos perdidos pelo candidato do PPS não foram todos para o tucano, conclui a avaliação. Boa parte foi para Lula, entre os eleitores com ensino médio, e para Anthony Garotinho (PSB), sobretudo nas periferias das grandes cidades.
Segundo pesquisas internas na campanha, se mantiver a trajetória atual, Serra poderá passar à frente de Ciro mais adiante, embora só tenha reduzido a distância entre eles. Por isso, por enquanto, o problema tucano se chama Ciro. Lula ficará para uma segunda etapa, caso Serra consolide uma tendência de crescimento.

Ministério
Exemplo do comportamento em relação ao PT: apesar de Lula ter criticado o desempenho do governo na área da saúde, o tucano deve deixar a resposta para o Ministério da Saúde.
O próprio Serra definiu a linha de ataque. A idéia é desqualificar Ciro e tentar ao mesmo tempo qualificar o tucano por meio de seu programa de governo.
FHC será mantido na programação. Até saírem os resultados das pesquisas feitas uma semana após o início do horário eleitoral, havia dúvidas sobre a eficácia da presença dele. Paralelamente, Serra tentará reagrupar apoios que se tornavam hesitantes, especialmente no PMDB de Rio e São Paulo e no PFL do Nordeste.
(MARTA SALOMON e RAYMUNDO COSTA)



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