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Adilson ainda faz grampos
da Sucursal do Rio
No 15º andar de um prédio comercial no largo de São Francisco,
centro do Rio, funciona o escritório de um dos suspeitos do grampo no BNDES, Adilson Alcântara
de Matos, 36.
A empresa de Matos, Visam Investigações e Segurança Ltda.,
ocupa duas salas pequenas. Matos diz que, desde que seu nome
veio à tona como um dos suspeitos do grampo, viu sua clientela
diminuir mais de 70%.
Na última terça-feira, ele conversou com a reportagem da Folha, mas impôs uma condição:
nada de gravador ou fotos.
Matos continua sobrevivendo
da bisbilhotagem contratada. Sua
principal atividade é a instalação
de grampos em empresas e ele diz
que a demanda é grande.
A informação contradiz seu depoimento na Polícia Federal, no
dia 30 de abril, quando disse nunca ter feito grampos telefônicos.
Amigo há mais de 13 anos do
principal suspeito pelos grampos,
Temílson Antônio Barreto de Resende, o Telmo, Matos diz que só
soube a verdadeira profissão do
colega depois do escândalo.
""Pensava que ele era apenas
funcionário do Ministério da Fazenda", diz, procurando aparentar uma ingenuidade impensável
para quem foi agente do serviço
de inteligência da Marinha.
Adilson nega ter feito o grampo
do BNDES e diz que desconhece
seus autores. Para ele, o caso só
será desvendado quando os autores quiserem. ""A verdade virá à
baila em dez anos", arrisca.
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