São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2004

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Três funcionários deixam grupo por suposto envolvimento em fraudes

DA FOLHA RIBEIRÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

O grupo Leão Leão anunciou ontem o desligamento de três funcionários envolvidos no suposto esquema de fraudes em licitações públicas em São Paulo.
Segundo a assessoria de imprensa da Leão, a decisão foi tomada no começo da tarde de ontem pelo conselho administrativo do grupo, que decidiu aceitar o pedido de rescisão contratual apresentado pelos três.
Todos os funcionários desligados são da Leão Ambiental, responsável pelo setor de limpeza do grupo: Wilney Barquete (presidente), Marcelo Franzine (diretor comercial) e Fernando Fischer (gerente comercial).
Ainda segundo a empresa, os funcionários alegaram em seus pedidos de desligamento a necessidade de se dedicarem integralmente a suas defesas.

Escutas
Barquete, Franzine e Fischer foram foram pegos em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça em supostas operações para fraudar licitações públicas.
Segundo o relatório do Ministério Público, enviado à Justiça e à Polícia Civil, o suposto esquema de fraudes envolve pelo menos dez prefeituras do Estado, entre elas a da capital.
A Leão informou que aceitou o pedido em "decisão estratégica para que os negócios não sejam afetados". O faturamento anual da empresa é de R$ 200 milhões.
Além dos três funcionários, o próprio presidente do grupo, Luiz Cláudio Leão, é citado pela Promotoria como integrante no suposto esquema. O advogado Rogério Buratti também é acusado de participação.
Os cinco são investigados pela Polícia Civil e Ministério Público por formação de quadrilha. Todos negam irregularidade nos processos licitatórios.


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