São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2005

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OS 100 MAIS

FHC é citado em lista de maiores intelectuais vivos

IURI DANTAS
DE WASHINGTON

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi o único brasileiro incluído na lista dos 100 mais influentes intelectuais públicos do planeta hoje em dia, organizada pela revista "Foreign Policy".
A publicação optou por não fazer um ranking dos escolhidos, deixando a cargo do público uma votação pela internet para escolher os cinco principais até o dia 10 de outubro.
Segundo Jeffrey Marn, colaborador da revista, os critérios utilizados na escolha levam em conta a proeminência dos intelectuais, sua influência e o fato de terem se sobressaído como nenhum outro em seus campos de conhecimento. Além da capacidade de transmitir suas idéias. A lista contempla apenas pessoas vivas.
Entre os listados constam o papa Benedito 16, o escritor norte-americano Noam Chomski, o nobel de literatura sul-africano, J.M.Coetzee, o novelista italiano Umberto Eco, os historiadores ingleses Timothy Garton Ash e Eric Hobsbawm, os autores Amos Oz, israelense, Camille Paglia, norte-americana e Mario Vargas Llosa, peruano, o economista dos EUA Jeffrey Sachs, o diretor do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, o sociólogo francês Jean Baudrillard, entre outros. Uma curiosidade é a presença de dois colunistas do "New York Times", Paul Krugman e Thomas Friedman.

Privilégio ocidental
Na nota que acompanha a divulgação da lista, a "Foreign Policy" ressalta a pressuposição natural de que a escolha foi influenciada pelo fato de que os "jurados" vivem e trabalham no Ocidente e falam inglês.
"Esta é uma lista sobre influência pública, e não conquistas intrínsecas. É aí que as coisas ficam um pouco complicadas. Julgar influência é difícil o suficiente dentro de sua própria cultura, mas quando você está examinando entre outras culturas e línguas, os problemas se tornam bem mais difíceis. Obviamente, nossa lista de 100 foi influenciada por onde a maioria de nós se localiza, no Ocidente anglófono".
Na mesma nota, a revista explica o empirismo utilizado no processo. "Nós tentamos evitar o problema de ter uma lista a ser cumprida, ter "x" chineses, "y" economistas e "z" com menos de 50 anos. Mas também tentamos dar o peso apropriado a pensadores importantes em todas as principais disciplinas e centros populacionais. Também tentamos assegurar que todos os nomes na lista influenciam ao menos alguns países em suas regiões, se não todo o mundo"
Por conta dos critérios, a revista admite que pode "irritar" algumas pessoas e sugere que a válvula de escape neste caso seja o uso da internet para votar em outras personalidades.
"Podemos não ter tido sucesso em seguir todas estas regras ao pé da letra, mas para aqueles de vocês irritados por nossas escolhas, há uma pequena válvula de escape segura para votar que os permita indicar o nome que não foi escolhido na nossa lista." Os votos são cadastrados em: www.foreignpolicy.com.


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