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OS 100 MAIS
FHC é citado em lista de maiores intelectuais vivos
IURI DANTAS
DE WASHINGTON
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi o único brasileiro incluído na lista dos 100 mais
influentes intelectuais públicos
do planeta hoje em dia, organizada pela revista "Foreign Policy".
A publicação optou por não fazer um ranking dos escolhidos,
deixando a cargo do público uma
votação pela internet para escolher os cinco principais até o dia
10 de outubro.
Segundo Jeffrey Marn, colaborador da revista, os critérios utilizados na escolha levam em conta
a proeminência dos intelectuais,
sua influência e o fato de terem se
sobressaído como nenhum outro
em seus campos de conhecimento. Além da capacidade de transmitir suas idéias. A lista contempla apenas pessoas vivas.
Entre os listados constam o papa Benedito 16, o escritor norte-americano Noam Chomski, o nobel de literatura sul-africano,
J.M.Coetzee, o novelista italiano
Umberto Eco, os historiadores ingleses Timothy Garton Ash e Eric
Hobsbawm, os autores Amos Oz,
israelense, Camille Paglia, norte-americana e Mario Vargas Llosa,
peruano, o economista dos EUA
Jeffrey Sachs, o diretor do Banco
Mundial, Paul Wolfowitz, o sociólogo francês Jean Baudrillard, entre outros. Uma curiosidade é a
presença de dois colunistas do
"New York Times", Paul Krugman e Thomas Friedman.
Privilégio ocidental
Na nota que acompanha a divulgação da lista, a "Foreign Policy" ressalta a pressuposição natural de que a escolha foi influenciada pelo fato de que os "jurados" vivem e trabalham no Ocidente e falam inglês.
"Esta é uma lista sobre influência pública, e não conquistas intrínsecas. É aí que as coisas ficam
um pouco complicadas. Julgar influência é difícil o suficiente dentro de sua própria cultura, mas
quando você está examinando
entre outras culturas e línguas, os
problemas se tornam bem mais
difíceis. Obviamente, nossa lista
de 100 foi influenciada por onde a
maioria de nós se localiza, no Ocidente anglófono".
Na mesma nota, a revista explica o empirismo utilizado no processo. "Nós tentamos evitar o
problema de ter uma lista a ser
cumprida, ter "x" chineses, "y" economistas e "z" com menos de 50
anos. Mas também tentamos dar
o peso apropriado a pensadores
importantes em todas as principais disciplinas e centros populacionais. Também tentamos assegurar que todos os nomes na lista
influenciam ao menos alguns países em suas regiões, se não todo o
mundo"
Por conta dos critérios, a revista
admite que pode "irritar" algumas pessoas e sugere que a válvula de escape neste caso seja o uso
da internet para votar em outras
personalidades.
"Podemos não ter tido sucesso
em seguir todas estas regras ao pé
da letra, mas para aqueles de vocês irritados por nossas escolhas,
há uma pequena válvula de escape segura para votar que os permita indicar o nome que não foi
escolhido na nossa lista." Os votos
são cadastrados em:
www.foreignpolicy.com.
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