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Reunião na Turquia vai definir operação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Preocupados com o avanço da
comercialização da heroína no
mundo, pelo menos 28 países estarão deflagrando, a partir de 1º
de janeiro do ano que vem, uma
megaoperação de vigilância sobre
o anidrido acético, o principal
componente químico da droga.
Esse conjunto de países se reuniu em Ankara, capital da Turquia, na penúltima semana de outubro, para definir uma ação conjunta que será coordenada pela
ONU (Organização das Nações
Unidas) por meio da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes.
A operação, que já recebeu o
nome de "Operação Topázio", vai
monitorar a produção, por um
período determinado, e fiscalizar
de perto toda operação de venda,
transporte e de distribuição da
substância química.
Até o final do ano, um comitê
formado por representantes dos
cinco continentes deverá definir
os padrões da fiscalização para
transações internacionais. Dentro
do Brasil, são fiscalizados negócios com anidrido acético em
quantidade maior que 0,5 litro.
Apesar de não ter detectado até
agora nenhum rastro de produção de heroína, o Brasil participará da operação por ter a maior indústria química da região e produzir anidrido acético.
Anidrido acético
Outra razão importante é o fato
de o anidrido acético entrar também na composição da cocaína.
Em toda a América Latina, só a
Colômbia produz heroína.
O uso legal do anidrido acético
ocorre principalmente na fabricação de produtos têxteis e na indústria farmacêutica. Ele entra na
síntese da heroína é essencial para
a fabricação da droga.
Operação semelhante realizada
por oito meses no ano passado,
que tinha como alvo o permanganato de potássio (substância utilizada para purificar a pasta base da
coca) resultou em apreensões recordes da substância.
Na Colômbia, durante essa operação, chegaram a ser apreendidas 12 toneladas da droga de uma
só vez. Somente naquele país, cerca de 20 toneladas foram apreendidas durante a operação. O Brasil
não produz permanganato de potássio.
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