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Governo é descrito como "aberto ao diálogo"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto o MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra) é apresentado como ""radical", o comportamento do governo é descrito como "sempre aberto ao diálogo com o MST" na publicação "Frutos do Diálogo".
De acordo com as edições em
espanhol e inglês, produzidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, os sem-terra promoveram, de 97 a 2000, "atos radicais, como invasões de terra, saques, sequestros e ocupação de
edifícios públicos".
Suas reivindicações, segundo o
texto, estão "impregnadas de caráter ideológico".
A publicação narra o processo
de negociação do empréstimo de
R$ 2.000 para 110 mil famílias de
assentados nas condições da linha
A do Pronaf (com juros de 1,15% e
desconto de 40% do capital emprestado). O impasse continua e
novas manifestações dos sem-terra são esperadas para depois do
segundo turno das eleições.
A negociação, intermediada pela CNBB (Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil) e pela OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil), fracassou, segundo os mediadores, por culpa do governo.
O MST afirma que a postura
"intransigente" do governo fez
com que os assentados perdessem a safra. O ministério aceitava
o empréstimo, mas com juros
maiores e desconto menor.
Essa negociação é descrita como
um "processo de construção do
diálogo com o MST". O papel mediador da CNBB é considerado
"fundamental".
A comparação da pauta do MST
com as propostas do governo
mostra a dificuldade do diálogo.
Enquanto o movimento reivindicava o assentamento imediato das
famílias, o governo propunha a
participação dos sem-terra no
Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentado.
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