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Primeiro turno acabou com marcas históricas
DA REDAÇÃO
O primeiro turno da eleição
municipal em São Paulo neste
ano registrou duas marcas inéditas. Pela primeira vez, um candidato do PT rompeu o patamar
histórico de votos do partido. Ao
mesmo tempo, nunca antes Paulo
Maluf (PPB) havia obtido menos
de 1 milhão de votos.
A petista Marta Suplicy chegou
ao final do primeiro turno com
com 2.105.013 votos, o equivalente a 29,5% do eleitorado. Maluf,
por sua vez, obteve 960.581 votos,
cerca de 13,5% dos eleitores.
No critério usado pela Justiça
Eleitoral, que exclui os votos em
branco e os nulos, Marta ficou
com 38,01% dos votos válidos, a
estatística oficial do primeiro turno paulistano. Maluf obteve
17,35% dos votos válidos.
Levando em conta uma metodologia alternativa, que considera
a votação obtida pelo candidato
em relação ao total de pessoas que
compareceram para votar, Marta
ficou com 34,4%. No caso de Maluf, o percentual equivale a 15,7%
do comparecimento.
O recorde anterior do PT havia
sido registrado em 1988, quando
Luiza Erundina foi eleita prefeita.
Em relação ao comparecimento,
Erundina teve 29,8%. Neste ano,
ela concorreu pelo PSB e ficou em
quinto lugar na disputa.
O pior desempenho do PT na
capital paulista ocorreu na eleição
para governador em 1990, quando Plinio de Arruda Sampaio obteve uma votação equivalente a
10,1% do comparecimento. Luiz
Antonio Fleury (então no PMDB,
hoje deputado federal pelo PTB)
venceu Maluf no segundo turno.
Apesar da derrota, foi naquele
ano que Maluf atingiu sua mais
expressiva votação na disputa por
cargos do Executivo, considerando apenas o primeiro turno.
Ele recebeu 2.108.117 votos no
primeiro turno de 1990, o equivalente a 37,9% das pessoas que votaram. Esse desempenho manteve-se praticamente estável dois
anos depois, quando Maluf disputou a Prefeitura de São Paulo.
No primeiro turno de 1992, Maluf obteve votação equivalente a
37,3% do comparecimento. No
segundo turno, ele foi eleito ao
derrotar o hoje senador Eduardo
Suplicy (PT), marido de Marta.
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