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MANAUS
TSE envia tropas do Exército para garantir segurança
Fim de campanha é marcado por acirramento de denúncias mútuas
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O fim da campanha eleitoral em
Manaus foi marcado pelo acirramento nas denúncias entre os
candidatos. Com a tensão, o TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) determinou o envio de uma tropa
do Exército com cerca de mil soldados para garantir a segurança
do pleito.
Concorrendo à reeleição, o prefeito Alfredo Nascimento (PL), é
alvo de um inquérito na Polícia
Federal para explicar a contratação de taxistas para transportar
fiscais no primeiro turno -e, segundo a denúncia, eleitores também. Ele nega a irregularidade.
Mas o caso mais impactante em
sua campanha foi a divulgação de
uma fita cassete gravada pela oposição, na qual a secretária municipal de Educação, Vera Lúcia Edwards, falaria sobre um suposto
esquema de boca-de-urna entre
diretores e alunos da rede municipal. "Nós tomamos a liberdade de
adesivar os carros que estavam
sem adesivos, de diretores. Por favor, entendam, que vocês são cabos eleitorais", diz a fita -que está sendo periciada pela Polícia Federal, a pedido do Ministério Público Federal.
Nascimento pediu a abertura de
uma CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) esta semana. A oposição se adiantou e instalou uma
comissão para investigar o crime
eleitoral na quinta-feira passada.
Nascimento garante que não
existe crime no caso. "Eles estavam fora da escola e da secretaria,
a reunião foi num comitê eleitoral. Quem é diretor e aluno é também cidadão e tem o direito de
votar", disse.
Para sensibilizar os eleitores,
ainda no primeiro, turno, Nascimento mostrou crianças em estado grave de desnutrição, que foram atendidas pelo programa
Médico da Família, seu carro-chefe na campanha. Os adversários
disseram que as imagens eram
fraudadas e levaram os pais das
crianças para a televisão para dizer que não tinham sido atendidas pelo programa.
A disputa continuou: Nascimento levou a família de um dos
meninos à TV para rebater a acusação. Mas sua equipe não conseguiu localizar a família de outro
garoto, A.F., 2. Nascimento então
acusou Eduardo Braga de sequestrar a família do menino. A Polícia
Federal encontrou os parentes em
Nova Olinda do Norte (138 km a
leste de Manaus) e prendeu cinco
correligionários de Braga supostamente envolvidos no caso. Ele
foram soltos após pagar fiança. O
promotor eleitoral, Walber Luís
Nascimento, pediu o indiciamento de Braga, mas o delegado Nivaldo Farias não acatou o pedido.
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