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GOIÂNIA
Pedro Wilson (PT) não comparece ao último debate
Petista agrega apoio de candidatos derrotados no primeiro turno
LUIZA DAMÉ
ENVIADA ESPECIAL A GOIÂNIA
Um petista e um ex-petista disputam a prefeitura da capital de
Goiás. O deputado federal Pedro
Wilson Guimarães (PT) chegou
ao segundo turno com uma vantagem de 38.630 votos em relação
a seu adversário Darci Accorsi
(PTB), que espera inverter hoje
essa diferença.
"Os votos dele são votos voláteis, se agregaram no final do primeiro turno", afirmou Accorsi.
No primeiro turno, Pedro Wilson
ficou com 37,19% dos votos válidos, e Accorsi, com 30,05%.
Como Wilson não compareceu
ao debate de anteontem, o programa se transformou em uma
entrevista com Accorsi, que expôs
metas programáticas. O petebista
atacou ontem a ausência do adversário: "Essa nunca foi a prática
do PT", afirmou Accorsi, que,em
92, foi eleito prefeito de Goiânia
pelo Partido dos Trabalhadores.
Wilson respondeu dizendo que
a avaliação era que ele perdia indo
ou não ao debate e, como suas falas em três encontros anteriores
foram manipuladas pelo petebista, optou por não comparecer.
Accorsi (que está coligado com
PFL, PPB, PSD e PST) não obteve
novos aliados no segundo turno.
"Agregamos o apoio do povo. Ele
agregou a máquina do governo
do Estado e do município", disse
o candidato do PTB, referindo-se
ao apoio do governador de Goiás,
Marconi Perillo, e do prefeito de
Goiânia, Nion Albernaz, ambos
do PSDB, ao petista.
O petista conseguiu o apoio dos
cinco candidatos derrotados no
primeiro turno da eleição. Ele levou para seu palanque partidos
tradicionalmente adversários em
Goiás: o PSDB e o PMDB do senador Iris Rezende.
A decisão do PSDB goiano rachou a base de apoio do governador Perillo, integrada também
por PTB, PPB e PFL. O presidente
regional do PFL, deputado federal
Ronaldo Caiado, não se conforma
com a "traição" dos tucanos.
Perillo -que não vota em Goiânia- disse a correligionários que
precisa manter o PFL, o PPB e o
PTB na sua base parlamentar,
mas "dispensa" o apoio de Caiado, do deputado federal Roberto
Balestra (PPB) e do ex-deputado
federal Pedrinho Abrão (PTB). Os
três apóiam o candidato do PTB.
A aliança de Accorsi com Abrão
foi um dos principais alvos da
campanha petista. Em 1996, ele
enfrentou processo de cassação
de mandato na Câmara, acusado
de ter cobrado propina para manter verba destinada à construção
da barragem do Castanhão (CE).
Foi absolvido, mas o PT veiculou
a denúncia nos programas de rádio e televisão.
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