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São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2003

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OUTRO LADO

Peemedebista aponta "intenção política" no caso

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

A assessoria do prefeito Juraci Magalhães (PMDB) divulgou uma nota, ontem, em que atribuiu ao procurador da República Alessander Sales o indiciamento, com uma intenção política.
"Novos fatos são forjados no sentido de induzir a opinião pública ao equívoco de relacionar a imagem do prefeito a atos de improbidade administrativa (...) A atuação do procurador Alessander Sales, lamentavelmente, reflete o voluntarismo eminentemente político de alguns membros do Ministério Público que, de guardiões da sociedade, transformaram-se em agitadores e algozes da honra alheia, sempre na ânsia de gerar impacto e sensacionalizar, tirar os fatos do seu contexto e aplicar sobre eles um sentido apelativo", diz a nota.
O procurador Alessander Sales afirmou que não foi responsável pela denúncia contra Juraci, até por não ser de sua competência, e que apenas incluirá o relatório da Polícia Federal nos autos do processo de improbidade contra Juraci que tramita na Procuradoria da República do Ceará.
Já o advogado do prefeito, Cândido Albuquerque, afirmou que não existem elementos jurídicos que incriminem o prefeito.
"Se o prefeito fosse se preocupar com todas as licitações pessoalmente, ele não teria como administrar a cidade", disse o advogado. "As acusações contra o Sérgio [Benevides] não têm nada a ver com o prefeito."
Para o advogado, o indiciamento de Juraci serve como "palco" para alguns "procuradores". "Quando houve o bloqueio dos bens do prefeito, no ano passado, caiu praticamente no mesmo dia, por não haver base legal nenhuma." Ele disse que não deverá tomar nenhuma providência jurídica, por enquanto, por acreditar que, quando o processo chegar ao TRF da 5ª Região, o indiciamento será anulado.
Albuquerque também é advogado da ex-secretária do Desenvolvimento Social do município Rose Mary Maciel, também indiciada. Ele defendeu que não há provas de um possível envolvimento dela no caso.
O advogado de Benevides, Waldir Xavier, utiliza a mesma tática e alega que não existem provas contra o deputado estadual.


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