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Intervenção no
Rio é rejeitada
e da Redação
A maioria dos diretórios e executivas estaduais do PT rejeita a possibilidade de a Executiva Nacional
do partido intervir no diretório do
Rio, segundo levantamento feito
ontem pela Folha em 19 Estados.
A principal justificativa dos petistas é que a anulação de uma decisão tomada em votação quebraria uma tradição do partido.
Anteontem, PDT, PSB e PC do B
condicionaram a manutenção da
aliança nacional em torno do petista Luiz Inácio Lula da Silva à
anulação do resultado da convenção do PT no Rio, que decidiu pela
candidatura própria no Estado.
Apesar da recusa à intervenção, a
maioria dos petistas nos Estados é
contra a decisão do PT fluminense
de lançar candidatura própria. A
enquete também revelou uma
unanimidade nos Estados a favor
da aliança com o PDT.
Para o secretário-geral do diretório de Sergipe, Pedro Lopes, a decisão do Rio foi "equivocada" pois
deve refletir na eleição de Lula.
Apesar disso, ele é contra a intervenção. "É uma palavra que não
existe no dicionário do PT, precisamos encontrar uma saída", diz.
Flora Izabel Rodrigues, presidente do diretório do Piauí, considerou a decisão do diretório do
Rio "um erro tático, pois fere uma
decisão majoritária do partido".
O presidente regional do PT na
Paraíba, Luiz Couto, concorda que
a decisão do último encontro nacional do partido-de que as
alianças regionais deveriam se
submeter à nacional- não pode
ser contrariada por nenhum Estado. Para ele, a decisão do Rio não
atinge só a aliança nacional, mas
também as estaduais.
Na opinião do presidente da executiva estadual do partido na Bahia, Zezéu Ribeiro, "é preciso primeiro tentar uma solução política
para o caso".
O primeiro vice-presidente do
diretório do Amapá, Eugênio Corrêa, apóia a decisão do PT do Rio.
"A política nacional não pode
condicionar a política local."
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