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Liberação de verba para publicidade é mais rápida
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar de ter conseguido liberar R$ 115,5 milhões para publicidade até a metade de maio
-78,5% do total previsto para este ano-, o governo federal não liberou no mesmo ritmo recursos
destinados a programas como a
melhoria da infra-estrutura da
Saúde e a construção de estradas.
Considerando apenas o Orçamento aprovado para investimentos no Ministério da Saúde,
por exemplo, o que representa R$
2,46 bilhões, somente R$ 70,68
milhões -2,87% do total- foi
efetivamente liberado até o dia 17
de maio, segundo levantamento
no Siafi, sistema de acompanhamento de gastos do governo.
O investimento em saneamento
básico é o que teve, proporcionalmente, menos verbas liberadas:
0,01%. Da previsão de R$ 1,2 bilhão, foram investidos R$ 117,5
milhões. Além disso, menos de
6% dos investimentos programados para melhorar a qualidade e
eficiência do SUS (Sistema Único
de Saúde) foram efetuados.
Na pasta dos Transportes, apenas 2,06% dos R$ 4 bilhões programados foram investidos. As
rodovias federais não receberam
verba, até a data pesquisada, para
investimentos de segurança. Os
investimentos em manutenção
das rodovias federais receberam
0,36% do total de R$ 626 milhões.
"O contingenciamento afeta os
programas sociais, mas não afeta
a liberação para propaganda",
disse o deputado Agnelo Queiroz
(PC do B-DF). O levantamento no
Siafi foi solicitado pela Folha para
comparar o fluxo de liberação de
verbas de publicidade com outros
programas do governo.
O bloqueio mais recente de verbas federais decorreu do atraso na
prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). A previsão
de queda na arrecadação fez com
que a União retivesse as verbas
originalmente programadas.
Na Educação, 24,10% do Orçamento de R$ 17,4 bilhões foi executado até a metade do mês. Mesmo assim, programas estão prejudicados. O desenvolvimento do
ensino médio só recebeu 3,54%
das verbas previstas.
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