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Laudo conclui que urna eletrônica mantém sigilo e não permite fraude
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Laudo de peritos da Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas) concluiu que o sistema eletrônico de votação usado pelo
TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
é seguro e confiável.
O parecer da comissão foi entregue ontem pelo presidente do
TSE, ministro Nelson Jobim, aos
presidentes do Senado, Ramez
Tebet (PMDB-MS), e da Câmara,
Aécio Neves (PSDB-MG). Desde
o ano passado, quando houve o
escândalo do painel eletrônico do
Senado, congressistas levantaram
suspeitas e defenderam a realização da análise da Unicamp.
O laudo afirma que a contabilização dos votos é feita corretamente. "O sistema de votação
analisado atende às exigências
fundamentais do processo eleitoral, ou seja, o respeito à expressão
do voto do eleitor e a garantia do
seu sigilo", diz o relatório assinado por oito peritos.
Além de atestar a segurança da
urna eletrônica, os peritos sugerem a adoção de procedimentos
para aprimorar o sistema, incluindo maior acesso de representantes partidários e especialistas em informática ao sistema de
arquivos e código-fonte.
Jobim descartou a necessidade
da presença de observadores internacionais para acompanhar a
eleição no país. "O Brasil não precisa ser fiscalizado por ninguém,
porque a população fiscaliza [as
eleições"", disse Jobim.
Sobre a possibilidade da presença do ex-presidente Jimmy Carter, integrante de uma organização não-governamental que
acompanha eleições fora dos Estados Unidos, o presidente do
TSE afirmou: "Ele poderá vir, sim,
para aprender".
O presidente do PDT, Leonel
Brizola, afirmou ontem, durante
seminário no Congresso sobre segurança do voto eletrônico, que
poderá convidar Carter para
acompanhar as eleições no Brasil.
Brizola disse que a urna eletrônica não é confiável porque não
permite recontagem, sem a impressão dos votos. De acordo com
Jobim, a verificação pode ser feita
com o cruzamento dos dados eletrônicos com os boletins de urna.
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