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GOVERNO
Emenda está no Senado
Líderes definem ação para aprovar a CPMF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os líderes governistas do Senado definiram ontem com os ministros Pedro Parente (Casa Civil)
e Euclides Scalco (Secretaria Geral) a estratégia de aprovação da
emenda que prorroga a CPMF
(Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira) até
2004 sem a necessidade de interromper a cobrança por 90 dias,
como determina a proposta.
Na avaliação feita, será aprovado o destaque que retira da emenda da prorrogação o dispositivo
pelo qual o governo teria de suspender a cobrança a partir da extinção da atual CPMF, no próximo dia 18, e obedecer à noventena
para reiniciar a arrecadação. O
PFL vai apoiar a supressão.
""O destaque supressivo é uma
porta aberta para uma decisão do
STF [Supremo Tribunal Federal".
O PFL não vai fechar essa porta.
Não vamos criar dificuldade para
a aprovação. O Supremo que decida depois, se for provocado",
afirmou o líder pefelista, José
Agripino (RN). A emenda será
analisada no plenário, em primeiro e segundo turnos, nos dias 4 e
12, respectivamente.
O destaque suprimindo parte
da emenda que prorroga a CPMF
será apresentado pelo senador
Romero Jucá (PSDB-RR), vice-líder do governo. Regimentalmente, para o destaque ser rejeitado
são necessários 49 votos (três
quintos do plenário). A oposição
não tem esse número de votos para derrubar o destaque.
O presidente do Senado, Ramez
Tebet (PMDB-MS), chegou a surpreender o governo ao dizer que
devolveria à Câmara, para novas
votações, toda a emenda que
prorroga a CPMF, caso fosse suprimido o trecho da noventena.
Mas os líderes avaliaram ontem
com os ministros que Tebet não
deverá concretizar a ameaça. Os
governistas deverão buscar entendimento com o presidente do
Senado, usando argumentos jurídicos.
Segundo o líder do PSDB, Geraldo Melo (RN), a noventena não
deveria ser aplicada à CPMF porque ela é prevista na Constituição
apenas aos casos de criação de novas contribuições sociais.
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