São Paulo, segunda, 30 de junho de 1997.



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Governador começou carreira em 86, quando foi eleito deputado estadual pelo PMDB
Vieira recebeu 1,288 milhão de votos

em Florianópolis

O governador Paulo Afonso Evangelista Vieira (PMDB), 39, mais jovem governador do país, iniciou sua carreira política em 1986, quando elegeu-se deputado estadual. No ano seguinte, foi secretário estadual da Fazenda.
Em 1990, arriscou-se pela primeira vez com uma candidatura ao governo do Estado, sem sucesso. Quatro anos depois, entretanto, conseguiu eleger-se governador.
Vieira venceu Angela Amin, então no PPR, hoje prefeita de Florianópolis pelo PPB, ao receber 50,8% dos votos válidos no segundo turno.
Na ocasião, o governador obteve 1,288 milhão de votos, o correspondente a 48,25% do total.
Vieira é graduado em Direito pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e possui mestrado em Ciência Política pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology), de Boston (EUA). O seu trabalho final, concluído em 1983, teve como tema o "Processo de Redemocratização do Brasil".
Antes de ingressar na política, Vieira trabalhou como fiscal de tributos estaduais, cargo para o qual foi escolhido por concurso e do qual está licenciado.
O governador catarinense é natural de Teresina (PI) mas vive desde os seis meses de idade em Santa Catarina.
É casado com a pediatra Elianne Vieira, 40, com quem começou a namorar aos 16 anos. O casal possui cinco filhos, com idades que variam entre 1 e 12 anos.
Os passatempos do governador incluem a leitura de revistas em quadrinhos (principalmente da Turma da Mônica) e ouvir música. Seu gosto musical é eclético -vai de Chitãozinho e Xororó a Chico Buarque.
Como a grande maioria dos peemedebistas, Vieira diz admirar Ulysses Guimarães.
O governador deve assistir à votação de seu impeachment no Palácio Santa Catarina, sede do Executivo estadual.
O palácio fica a cerca de cem metros da Assembléia Legislativa, no centro de Florianópolis.
Se for vitorioso, Vieira planeja comemorar o resultado com os manifestantes que o apóiam.
Nos últimos dias, comandou pessoalmente, sem perder a calma, todas as negociações em busca dos votos que podem salvar o seu mandato.
Suas demonstrações de serenidade têm surpreendido até os seus assessores mais próximos.
Nos últimos dias, não deixou nem de levar seus filhos à escola.
(LÉO GERCHMANN e CARLOS ALBERTO DE SOUZA)


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