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MILITARES
Reunião acaba sem definição
Comandante diz ter "certeza" de reajuste
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Terminou sem definição a reunião ocorrida ontem no Planalto
para tratar do reajuste salarial dos
militares, principal ponto de atrito entre o ministro José Viegas
(Defesa) e os comandantes das
Forças Armadas. Além de Viegas
e do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, participaram os ministros José Dirceu (Casa Civil) e
Guido Mantega (Planejamento).
Um novo encontro foi marcado
para hoje. Há desde abril nas Forças Armadas e no Ministério da
Defesa a expectativa do anúncio
de um reajuste até o fim de junho.
Ontem, o comandante do Exército, general Francisco Roberto
Albuquerque, disse à Folha ter
"certeza" de que o reajuste será
anunciado "dentro das possibilidades" da equipe econômica e
"dentro dos interesses" e das "necessidades" das Forças Armadas.
Um mês atrás, o Ministério da
Defesa concluiu estudo, já entregue a Lula, que sugere reajuste linear de 10% a partir de agosto e de
20% (mais inflação) no primeiro
trimestre de 2005, num total de
33%. Mantega analisa a proposta.
Em abril, Viegas desautorizou
os comandantes a falar sobre os
soldos. Dias antes, o comandante
da Aeronáutica, brigadeiro Luiz
Carlos Bueno, havia dito que a defasagem salarial nas Forças acarreta a "possibilidade real de florescer insatisfações sociais".
O comandante do Exército disse ainda que o fim das especulações sobre a saída de Viegas seria
"bom" para o país e para as Forças Armadas. "Não há desentendimento com o ministro", afirmou.
(EDUARDO SCOLESE)
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