São Paulo, quarta-feira, 30 de junho de 2004

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MILITARES

Reunião acaba sem definição

Comandante diz ter "certeza" de reajuste

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Terminou sem definição a reunião ocorrida ontem no Planalto para tratar do reajuste salarial dos militares, principal ponto de atrito entre o ministro José Viegas (Defesa) e os comandantes das Forças Armadas. Além de Viegas e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participaram os ministros José Dirceu (Casa Civil) e Guido Mantega (Planejamento).
Um novo encontro foi marcado para hoje. Há desde abril nas Forças Armadas e no Ministério da Defesa a expectativa do anúncio de um reajuste até o fim de junho.
Ontem, o comandante do Exército, general Francisco Roberto Albuquerque, disse à Folha ter "certeza" de que o reajuste será anunciado "dentro das possibilidades" da equipe econômica e "dentro dos interesses" e das "necessidades" das Forças Armadas.
Um mês atrás, o Ministério da Defesa concluiu estudo, já entregue a Lula, que sugere reajuste linear de 10% a partir de agosto e de 20% (mais inflação) no primeiro trimestre de 2005, num total de 33%. Mantega analisa a proposta.
Em abril, Viegas desautorizou os comandantes a falar sobre os soldos. Dias antes, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, havia dito que a defasagem salarial nas Forças acarreta a "possibilidade real de florescer insatisfações sociais".
O comandante do Exército disse ainda que o fim das especulações sobre a saída de Viegas seria "bom" para o país e para as Forças Armadas. "Não há desentendimento com o ministro", afirmou. (EDUARDO SCOLESE)

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