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Brasil acusa União Européia de
discriminar o café brasileiro
da enviada especial ao Rio
O governo brasileiro vai iniciar
em julho a primeira batalha comercial contra a União Européia,
depois do lançamento das negociações sobre o livre comércio entre o Mercosul e o bloco europeu.
Os negociadores do Brasil pedirão à OMC (Organização Mundial
do Comércio) a formação de um
"painel", comitê de arbitragem,
para julgar sua acusação de que a
União Européia discrimina o café
solúvel brasileiro.
A informação foi dada ontem pelo embaixador José Alfredo Graça
Lima, subsecretário de Assuntos
de Integração, Econômicos e de
Comércio Exterior do Itamaraty e
principal negociador brasileiro.
O Brasil questiona o SGP (Sistema Generalizado de Preferências),
que permite à União Européia reduzir a zero as tarifas de importação de produtos agrícolas provenientes dos países andinos. Com
essa fórmula, a UE quer estimular
culturas que venham a substituir o
plantio da coca nesses países.
Renovado anteontem até o ano
2004, esse sistema permite que o
café solúvel colombiano entre na
Europa sem a cobrança da tarifa
-condição mais favorável que a
enfrentada pelo concorrente brasileiro, taxado de 9% a 10%. "Esse
sistema discrimina o café solúvel
brasileiro", disse Graça Lima.
"Não questionamos o SGP, mas
não podemos aceitar que o produto brasileiro seja prejudicado."
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